No videocast ‘Não é Nada Pessoal’, dos apresentadores Gabriel Perline e Arthur Pires, o empresário Shayan Haghbin revelou o cachê para participar da 1ª temporada de ‘Casamento às Cegas: Brasil’, em outubro de 2021.
O iraniano afirmou ter recebido cerca de R$ 5,4 mil após o desconto do imposto de renda sobre o pagamento total de R$ 7 mil. O valor baixo surpreende por se tratar de uma produção da gigante do entretenimento Netflix.
Dias atrás, o Sala de TV destacou o trecho da entrevista de Gabi Prado a outro videocast, o ‘Podcalizando’, do SBT, quando a influenciadora disse ter ganhado apenas R$ 8 mil pela participação na 1ª edição do ‘De Férias com o Ex’, da MTV, em 2016.
Nos dois casos, os competidores deram relevante contribuição para o sucesso dos respectivos reality shows. A recompensa financeira foi espantosamente pequena na comparação com o resultado proporcionado.
O que faz uma pessoa aceitar a superexposição potencialmente negativa em um programa de TV ou uma plataforma de streaming por uma quantia tão inferior ao merecido?
Há várias motivações. A primeira, o aperto nas contas. Para quem está no vermelho qualquer dinheiro faz diferença. Gabi Prado contou ter aceitado as condições do ‘De Férias’ para pagar uma dívida da família.
Outro estímulo é a busca por fama. Não há maneira mais rápida de se tornar conhecido na mídia e nas redes sociais do que aparecer em um reality. A maioria já entra determinada a ‘lacrar’ para chamar a atenção e não voltar ao anonimato.
Tal popularidade pode render uma carreira de influenciador e viabilizar uma vida confortável por meio de posts pagos, permutas e a monetização oferecida por plataformas de conteúdo.
Alguns artistas decadentes já se submeteram a cachês baixos de realities por não ter alternativa. Era a única chance de ressurgir na imprensa e tentar impulsionar a escassa agenda de trabalho.
Quem aceita ir a esse tipo de programa, com imprevisível impacto à imagem pessoal, sabe que o ônus pode ser maior do que o bônus. Mesmo assim, se dispõe ao risco de sair ‘cancelado’ e com pouco dinheiro no bolso.
Nas últimas semanas, a internet e a imprensa repercutem o caso de Paulo Simi e Amanda Souza na 2ª temporada do ‘Casamento às Cegas: Brasil’.
O participante foi execrado publicamente sob a acusação de gordofobia após rejeitar a pretendente quando a viu pela primeira vez.
O blog apurou que cada integrante da atração ganhou R$ 10 mil reais pelos dois meses de gravações.
Esse valor faria a diferença no orçamento da maioria dos brasileiros, porém, é incompatível com os possíveis danos aos aspectos familiar, amoroso e profissional de quem dá a cara a tapa.
As condições não são diferentes no mais assistido e lucrativo reality show do País. O competidor anônimo do time ‘Pipoca’ do ‘BBB’ recebe uma bagatela.
Por contrato, 1 salário mínimo por mês (R$ 1.212 atualmente) e mais R$ 500 a cada semana no confinamento. Mixaria para um programa que fatura quase R$ 1 bilhão.
Apesar da remuneração baixa, não faltam pessoas – anônimos, subcelebridades e até artistas renomados – interessadas em pagar o preço para viver uma experiência surreal em um reality show.