Exibida entre março e novembro de 1995, ‘A Próxima Vítima’ foi um dos maiores sucesso na faixa das 21h da Globo. A novela criada por Silvio de Abreu teve média geral de 47 pontos no Ibope, quase o dobro do que consegue a atual ‘Renascer’.
Um dos principais cenários era o apartamento de Helena, dondoca da elite paulistana interpretada por Natália do Vale. A parte interna foi construída no estúdio da emissora no Rio de Janeiro. Para representar o exterior, a direção artística escolheu o Edifício Penthouse.
Localizado na Avenida Giovanni Gronchi, no Morumbi, zona sul de São Paulo, o prédio fica no limite entre o bairro de classe alta e a favela de Paraisópolis, a segunda maior da capital paulista, com mais de 100 mil moradores.
Na novela, imagens aéreas mostravam o surpreendente constante entre a construção com piscina na varanda de cada apartamento e a imensidão de barracos de madeira e casas simples da comunidade pobre.
Várias matérias na imprensa destacaram o edifício inaugurado em 1984 como um símbolo da cruel desigualdade social em uma das maiores metrópoles do planeta. Recentemente, vídeos da construção viralizaram no TikTok.
O que era luxo e privilégio no passado se tornou a imagem da decadência. Muitos moradores abandonaram o Penthouse devido ao som alto dos bailes funks na favela vizinha e pelo medo gerado por frequentes ocorrências policiais.
Há vários apartamentos com aspecto de abandono. Parece um prédio fantasma. Em uma plataforma imobiliária, é possível alugar ali um imóvel com quase 400 metros quadrados e 3 quartos por R$ 6.500, preço bem abaixo do mercado naquela região.
O Penthouse ficou conhecido na época de ‘A Próxima Vítima’ como “o prédio da bonitona do Morumbi”, em referência à personagem Helena. Hoje, tem apartamentos vazios, aspecto de degradação, dívidas milionárias de IPTU e má fama.