Gravado na segunda-feira (11), o ‘Melhores do Ano’ irá ao ar no próximo ‘Domingão com Huck’. Houve previsibilidade no resultado da maioria das categorias, porém, um disparate em ‘Melhor Atriz Coadjuvante’.
Tatá Werneck levou o troféu pela atuação como Anely em ‘Terra e Paixão’. Ainda que entregue um desempenho melhor do que em trabalhos anteriores, variando um pouco seu registro cômico, não é comparável com a performance das concorrentes.
Aos 76 anos, Renata Sorrah emplacou mais uma personagem extraordinária em sua galeria de tipos. A atriz decadente e empresária artística Wilma Campos, de ‘Vai na Fé’, possibilitou um rendimento admirável nas cenas engraçadas e também em momentos de drama, como no monólogo sobre o envelhecimento.
Alçada à fama pelo humor escrachado do antigo ‘Zorra’, Thalita Carauta, 41, mostrou amadurecimento ao viver Mauritânia em ‘Todas as Flores’. Soube equilibrar o irônico que faz rir com as pungentes dores emocionais da personagem. Por trás da comediante há uma atriz que consegue comover o público.
Por que Tatá foi a mais votada? Certamente pela exposição gigantesca da novela das 21h, mais vista do que as produções das colegas de categoria. A popularidade nas redes sociais também pode ter ajudado: possui 57 milhões de seguidores no Instagram.
Em 2022, ela ganhou o 'Melhores do Ano' na categoria Humor. Tornou-se um nome associado à premiação. Não é raro haver incongruência e injustiça nesse tipo de votação popular. Às vezes, a avaliação dos telespectadores contrasta com a visão dos críticos de TV.
Que Tatá sinta-se incentivada a buscar novos desafios, como um papel dramático capaz de fazê-la apresentar maior versatilidade em cena.