Previsível, mas ainda assim surpreendente. A saída abrupta de Fausto Silva da Globo é uma bomba controlada que a emissora soltou.
Após o teste bem-sucedido de Tiago Leifert no comando do ‘Domingão’, enquanto o titular do programa estava hospitalizado, o canal se sentiu seguro para antecipar a saída de Faustão.
Para a imprensa, o velho discurso de ‘comum acordo entre as partes’. Nos bastidores, um casamento feliz por mais de 30 anos e que, agora, termina em clima de traição.
Impedir Fausto de se despedir de seu público diante das câmeras é mais do que cruel, chega a ser antiético. Nenhum outro apresentador deu tanto resultado de audiência e faturamento à Globo como ele.
Nestes quase 33 anos de parceria, Faustão foi fiel ao canal. Sempre defendeu os interesses da empresa, inclusive institucionais. Não merecia uma saída inglória, com sabor amargo de ingratidão por parte da TV do clã Marinho.
Fica a impressão de que a nova direção artística da Globo se vinga do apresentador por sua transferência para a Band, firmada e anunciada antes do que a emissora carioca gostaria.
Descartado, Faustão se agiganta ainda mais. Ganha agora a torcida para que faça justiça, ou seja, antecipe sua estreia no canal da família Saad e mostre à ex-casa que continua a ser, aos 71 anos, valioso e inigualável.
No ‘BBB21’, o agora apresentador temporário do ‘Domingão’, Tiago Leifert, discursou a respeito da importância do ‘fair play’. Parece ter faltado isso à Globo ao lidar com Faustão: saber perder.
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