O terceiro mandato de Lula causa euforia no departamento comercial dos maiores canais de TV do País.
Pelo histórico dos governos petistas, há expectativa de relevante aumento de investimento federal em propaganda a partir de 2023.
Dados oficiais da União mostram o quanto o petista direcionou às principais emissoras de sinal aberto ao longo de seus dois primeiros mandatos, de 2003 a 2010.
Líder em audiência, a Globo, da família Marinho, recebeu R$ 4,7 bilhões. Média anual de R$ 588 milhões. O recorde foi em 2009, com R$ 707 milhões.
O segundo canal a receber maior verba publicitária federal foi a Record, do bispo Edir Macedo: R$ 1,2 bilhão ao longo dos 8 anos do petista na Presidência. Média anual de R$ 152 milhões.
Em seguida, o SBT, de Silvio Santos, com R$ 1,1 bilhão, sendo em média R$ 142 milhões a cada ano de Lula no poder.
Os espaços comprados nos intervalos da Band, da família Saad, renderam R$ 720 milhões à emissora, média anual de R$ 90 milhões.
A RedeTV!, de Amilcare Dallevo Jr. e Marcelo de Carvalho, recebeu nos dois mandatos de Lula R$ 264 milhões, ou seja, R$ 33 milhões anuais.
No total, o governo do petista direcionou às 5 maiores redes de TV do Brasil R$ 8 bilhões nos 2 mandatos. R$ 1 bilhão por ano ou R$ 83 milhões a cada mês.
O investimento da União em propaganda na televisão despencou no mandato de Jair Bolsonaro. O atual presidente priorizou anúncios na internet.
Em 2022, ano em que tentou a reeleição, ele aumentou as verbas aos principais canais. Gastou R$ 47 milhões somente de janeiro a junho com anúncios na TV.