A imprensa repercutiu as caretas e os gestos considerados ofensivos de Tiago Pavinatto, ao vivo no 'Linha de Frente', da Jovem Pan News, ao longo da transmissão do discurso do ministro do STF e presidente do TSE, Alexandre de Moraes, na diplomação de Lula e Alckmin.
Mas quem é o provocador?
Advogado, professor-doutor de Direito, escritor e polemista assumido. Descreve-se como 'antifilósofo da estupidez'.
Além de apresentador e comentarista na Jovem Pan News, o canal mais à direita da TV, ele faz parte do elenco da série 'Investigação Criminal: Crimes Perversos', do AXN Brasil e disponível na Amazon Prime.
É ainda diretor-fundador do Instituto Roccasecca, onde promove cursos presenciais e virtuais. Na descrição, Pavinatto diz: "Queremos ser o berço de novos pensadores em humanidades".
Em suas páginas sociais, faz lives onde aborda desde filosofia até assuntos de seu cotidiano. Sempre com ironia, citações poéticas e muitas tragadas de cigarro.
Tiago Pavinatto, 38 anos, é gay e já militou. No LinkedIn, informa ter sido fundador, em 2006, do Diversidade Tucana, o primeiro diretório político-partidário LGBTQIAP+ do País.
Em 2020, tentou se eleger candidato a vereador na cidade de São Paulo pelo Patriota. Não conseguiu votos suficientes.
No Twitter, ele reclamou do teor negativo das matérias a respeito da 'micagem' diante das câmeras da Jovem Pan News. Em uma transmissão no Instagram, comentou a respeito do episódio que o expôs na mídia.
"Eu olhava para a minha mesa de debate, todo mundo estarrecido, eu pedi à direção: 'corta a tela comigo, deixa eu fazer um 'react'. Quero mostrar minha cara de nojo, espanto, revolta, enquanto esses discursos estão sendo feitos."
Pavinatto demonstrou não se arrepender. "Não foram meus gestos que foram obscenos, foi o discurso do ministro."
Em sua fala, Alexandre de Moraes criticou os "extremistas" e "criminosos" que usam as redes sociais para disseminar desinformação e ataques contra a imprensa tradicional e a Justiça. Prometeu punição severa a todos.
O integrante do 'Linha de Frente' explicou o que há por trás das caretas e dos gestos.
"O deboche, o humor, a música, as piadinhas toscas têm a função de ajudar na didática da transmissão de conceitos complexos das ciências jurídicas e políticas; e quebrar a barreira do preconceito em razão da polarização que vivemos hoje", disse.
"Me matem de uma vez se eu não puder fazer um deboche."