As imagens reveladas pela CNN Brasil que mostram o ministro Gonçalves Dias no Palácio do Planalto no momento dos ataques de 8 de janeiro estavam sob sigilo.
A restrição de acesso foi determinada pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional), órgão responsável por salvaguardar o presidente da República e chefiado pelo próprio general, um amigo de longa data de Lula.
O repórter Leandro Magalhães, da CNN em Brasília, conseguiu o material e deu o furo – a divulgação em primeira mão, no jargão jornalístico. A façanha foi citada pelas grandes emissoras, inclusive em matéria do ‘Jornal Nacional’, da Globo.
No canal de notícias desde janeiro de 2020, o jornalista pernambucano atua na cobertura do Congresso e do Judiciário há 10 anos. Ao longo do mandato de Jair Bolsonaro, ele conseguiu declarações exclusivas do então presidente.
No final de março, Leandro embarcou no mesmo voo que trouxe o político do PL de volta ao Brasil após temporada nos Estados Unidos. Relatou detalhes da viagem ao público da CNN Brasil com imagens de celular.
A atuação do repórter ressalta o valor do trabalho da imprensa na busca da verdade. Dar publicidade às informações que autoridades se esforçam para esconder é uma das missões do jornalismo, doa a quem doer. Uma mídia livre de censura e amparada na luta contra as fakes news contribui com a democracia.
Após 100 dias do governo Lula, nota-se subida no tom das críticas dos jornalistas de TV ao analisar as ações do presidente e seus ministros, inclusive na GloboNews, que onde há muitos comentaristas pró-esquerda. Essa liberdade de contestar é imprescindível, assim como a isenção jornalística.