O carioca Felipe Bronze, 45 anos, possui um currículo surpreendente. Há vários prêmios de ‘Chef do Ano’ e duas estrelas no Guia Michelin. Uma proeza fora das cozinhas se destaca: trabalhar para a Globo e a Record ao mesmo tempo.
As duas emissoras se tornaram rivais a partir de 1989, quando o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal, comprou o antigo ‘canal 7’ e fez uma reestruturação a fim de disputar audiência com a TV de Roberto Marinho. Desde então, houve fases de trocas de acusações em telejornais.
Felipe Bronze esteve no ar, com atrações inéditas, simultaneamente na Record e no GNT, um dos principais canais pagos do grupo de comunicação da Globo. Nenhum outro apresentador viveu essa experiência nas TVs que compartilham clima de extrema inimizade e nenhuma cooperação.
Na Record, Bronze comanda o talent show ‘Top Chef’. Já foram produzidas quatro temporadas. No GNT, está à frente do ‘Que Seja Doce’. Apresenta também o ‘The Taste Brasil’ e o ‘Perto do Fogo’. Todas as atrações são por temporada, com frequentes reprises.
A popularidade do chef começou a aumentar em 2012, quando surgiu no quadro ‘O Mago da Cozinha’, do ‘Fantástico’, preparando pratos tradicionais de diferentes regiões do país, às vezes usando ingredientes exóticos e técnicas sofisticadas.
Carismático e com didática agradável ao cozinhar, Felipe Bronze conta com a cumplicidade das câmeras. Consegue estabelecer conexão rápida com o telespectador. O riso fácil e as pitadas de bom humor deixam as receitas ainda mais apetitosas.
O chef tem um restaurante no Rio, o Oro (‘cozinha brasileira de vanguarda, feita no fogo’) e outro em São Paulo, o Pipo (junto ao MIS – Museu da Imagem e do Som), além de ser o curador do menu de sabores latinos do Taraz, no Hotel Rosewood, o famoso seis estrelas da capital paulista.