Diego Hypolito está confinado no Big Brother Brasil 25 e revelou recentemente aos colegas que sofre de dois transtornos seríssimos: a depressão e a claustrofobia. Segundo o psicólogo e escritor AlexanderBez, esta segunda fobia do ginasta pode sofrer um agravamento radical devido às condições ambientais do reality mais assistido do país. "Há o risco de piora significativa da saúde mental, o que pode trazer implicações duradouras para a qualidade de vida da pessoa", disse o profissional.
Por que pode se agravar?
De acordo com o especialista, a casa fechada e confinada pode servir de gatilho para o atleta. "A saída desse ambiente é o principal alívio para os sintomas, mas é importante notar que a intensidade da claustrofobia varia de pessoa para pessoa, podendo se manifestar em diferentes níveis", explicou.
Bez ainda explicou que condições físicas podem causar efeitos psicológicos no paciente: "No contexto de um reality show, especialmente em uma casa fechada, o ambiente atua como um gatilho constante. Isso intensifica os sintomas da claustrofobia e pode levar a um agravamento significativo da condição. Diferente de outros transtornos de ansiedade que eram vistos majoritariamente como emocionais nas décadas de 1970 e 1980, hoje sabemos que a ansiedade pode ter consequências físicas graves e até mesmo letais".
Consequências duradouras
O profissional também disse que o BBB pode gerar sequelas no famoso após o programa: "A permanência prolongada em um ambiente fechado, como uma casa de reality show, pode causar danos mentais sérios e repercutir negativamente em outras situações cotidianas. Por exemplo, uma pessoa com níveis graves de claustrofobia pode desenvolver dificuldades em usar transportes públicos como o metrô, que é essencial para a mobilidade urbana, ou mesmo evitar elevadores e outros espaços confinados".
Ou seja, mesmo após o reality, Diego pode enfrentar consequências do que viveu no confinamento: "Quando a condição é exacerbada por um ambiente estressante como o de um reality show, há o risco de piora significativa da saúde mental, o que pode trazer implicações duradouras para a qualidade de vida da pessoa".
Agravamento de outros transtornos
A claustrofobia, segundo o autor, pode potencializar a síndrome do pânico. "Diferentemente da síndrome do pânico, que pode ser espontânea, a claustrofobia é ativada por estímulos específicos. Contudo, uma situação extrema, como a vivência prolongada em um ambiente fechado, pode desencadear crises de pânico e agravar o quadro de ansiedade, gerando um ciclo de sofrimento", disse.
E, assim, mais sequelas podem surgir na saúde mental do ginasta: "Esse agravamento pode refletir em outras situações da vida da pessoa. Por exemplo, ela pode evitar viajar de avião, ônibus ou mesmo interromper tarefas simples, como entrar em elevadores. A experiência de estar confinado em uma casa de reality show pode gerar traumas que afetam sua rotina e decisões futuras".
Como Diego pode lidar com o transtorno?
Bez explica que o tratamento da claustrofobia consiste em diversas terapias conjuntas. Ou seja, é necessário tomar um ansiolítico e também fazer a psicoterapia: "Atualmente, o tratamento mais avançado nos Estados Unidos para transtornos de ansiedade inclui uma combinação de psicoterapia, medicação ansiolítica, medicamentos para controlar a pressão arterial e betabloqueadores. Sem esse suporte, uma pessoa exposta a estímulos de grande intensidade pode estar em risco de desenvolver condições graves, como AVC ou infarto".
Para o psicólogo, não é aconselhável que Diego participe de um reality como o BBB. "A prevenção é a melhor forma de evitar os riscos associados à claustrofobia. Afinal, estamos lidando com uma questão de saúde que, se negligenciada, pode ter consequências graves", disse.