Com fama de ser gente boa tanto diante das câmeras como nos bastidores, Tadeu Schmidt passou no primeiro teste ao assumir o comando do ‘Big Brother Brasil’.
Em poucos dias, ele já exorcizou o fantasma do antecessor Tiago Leifert, que teve trajetória bem-sucedida na função, marcada por mediações apaixonadas que o transformaram no próprio ‘Grande Irmão’ do reality show.
Na inevitável comparação, Tadeu está menos eufórico e intervencionista que Leifert e mais contido que o primeiro apresentador da atração, Pedro Bial. A performance tem agradado à maioria do público.
Com seu estilo ‘tiozão’, ele ainda demonstra receio de ousar. Está ‘preso’ ao roteiro e aos textos redigidos por roteiristas. Espera-se que logo passe a improvisar e insira mais humor brejeiro. Queremos o Tadeu piadista, zombeteiro, criador de bordões.
Dono de talento para surpreender e entreter ao vivo, Schmidt se destacou quando fazia o quadro de futebol do ‘Fantástico’. Teve atuação tão bem avaliada que, na primeira oportunidade, foi promovido a apresentador do ‘Show da Vida’.
Quando seu nome começou a circular na imprensa e nas redes sociais para o ‘BBB’, não houve aprovação unânime. Recém-chegado à Globo, Marcos Mion contava com torcida maior em razão de seu histrionismo perfeito para o formato do programa.
Muitos argumentaram que Tadeu estaria 'velho' para o desafio, em explícita manifestação de ageísmo (discriminação por faixa etária). Ele tem 47 anos (4 a mais do que Bial ao iniciar o ‘BBB1’) e mantém o espírito jovem.
O elenco morno do ‘BBB22’, com poucos competidores realmente carismáticos, exige que o apresentador seja mais debochado e provocativo a fim de estimular a comédia na casa. Por enquanto, a atual edição oferece menos do que prometeu.
Tadeu está com a faca e o queijo em mãos - basta cortar e servir aos telespectadores.