A Justiça determinou que a atleta Key Alves, que está confinada no BBB 23, não precisará prestar depoimento sobre a morte do lutador Leandro Lo. A decisão veio em resposta a uma petição de Claúdio Dalledone Jr, o advogado do policial acusado pelo crime, que ainda tentou processar a jogadora de vôlei.
Anteriormente, a própria defesa do acusado Henrique Otávio de Oliveira Velozo apontou que a sister estaria mentindo sobre o caso, mas precisava ser ouvida na investigação. "Infelizmente, em casos criminais brasileiros que despertam grande repercussão midiática, pessoas querem de alguma maneira participar, dar opiniões sobre o ocorrido. Esse é só mais um exemplo", alegou.
De acordo com o juiz Roberto Zanichelli Cintra, a defesa do militar não justificou o pedido. Além disso, o depoimento de Key "geraria apenas tumulto processual", pois a atleta encontra-se confinada no reality show da rede Globo.
O juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo acrescentou que há outras testemunhas disponíveis para o caso, fazendo com que o depoimento da jogadora seja desnecessário na atual fase do processo.
"Ademais, os advogados somente juntaram aos autos manchetes de sites da internet, e não o vídeo com o momento da suposta frase dita pela jogadora, a fim de que este Juízo pudesse apreciar a veracidade das notícias", alegou Cintra.
O advogado, por sua vez, não ficou contente com a decisão de Cintra. "Só estava aguardando a decisão do juiz, mas ela vai ser ouvida sim, ela vai sair da casa, vai até uma unidade Policial Militar e vai prestar conta disso que ela está jogando ao vento. Isso pode ser muito prejudicial ao caso", afirmou.
"Key Alves teve uma conduta deplorável, faltou com a verdade dizendo que tinha visto e que o Leandro Lo não havia feito nada. Isso pode gerar um efeito retórico no caso e atrapalhar a correta dimensão do que realmente aconteceu. O processo criminal é uma reconstrução do que ocorreu. Quando pessoas buscam, com mentiras, participar desse protagonismo, de um caso de repercussão como esse, isso atrapalha a credibilidade da Justiça", acrescentou Dalledone Jr.