O ‘BBB22’ nem chegou à metade (se passaram 46 dias desde a estreia e o programa terá mais 53 dias de duração) e, neste momento, nada parece tirar o prêmio de Arthur Aguiar.
Amplo favoritismo que lembra o que aconteceu com Kléber Bambam (‘BBB1’), Diego Alemão (‘BBB7’) e Juliette Freire (‘BBB21’): todos garantiram a vitória com antecedência.
O fenômeno de popularidade apresenta contornos novelescos. O ator entrou atrasado – cumpriu confinamento extra de 3 dias após ter testado positivo para covid-19 às vésperas da estreia – e ‘cancelado’ por seu histórico público de infidelidade conjugal.
Aos poucos, revelou o perfil de jogador habilidoso, enquanto a maioria dos demais participantes se anulava ou fazia excesso de diplomacia por temer indicação ao Paredão. O ranço começou a se dissipar.
A saída de um competidor impulsivo, Rodrigo, e a rivalidade criada por Jade Picon deixaram Arthur em evidência. Os telespectadores se identificaram com o rapaz que jogava quase sozinho na tentativa de movimentar uma edição monótona e vista como ‘flopada’ logo no início.
O comportamento arrogante de Jade durante as duas semanas em que foi líder, e a atuação fraca das coadjuvantes do quarto Lollipop, que orbitam em torno da influencer e conspiram contra o brother, aumentaram a simpatia a Arthur.
Ele também ganhou pontos ao falar abertamente dos erros cometidos no casamento com a ex-BBB9 Maíra Cardi e por fazer um jogo limpo, visando mais proteger a si mesmo e a seus aliados do que perseguir os opositores. O marido infiel, quem diria, virou exemplo de ética.
Outro elemento decisivo para o apoio popular ao artista é seu carisma. Mesmo não sendo de muitos sorrisos nem tiradas cômicas, Arthur tem poder de sedução. Uma boa companhia para conversar banalidades ou ter um papo-cabeça por horas.
Hoje, o galã de 33 anos desempenha o papel de protagonista do ‘BBB22’. Pelo que oferece de entretenimento ao programa e às redes sociais, merece triunfar. Somente um erro grave faria a vitória escapar por seus dedos.
O reality show mais amado e odiado da televisão já teve quem foi campeão por ser humilhado na casa, pelo discurso de pobreza, por representar um ideal de homem ou mulher e até por polemizar com postura politicamente incorreta.
Finalmente está pintando um vencedor pelo talento como estrategista.