Às vezes, a ficha demora a cair para quem deixa o ‘Big Brother Brasil’. Alguns participantes insistem em acreditar na narrativa que criaram no confinamento e se recusam a aceitar os fatos contrários à sua percepção. Jessilane é uma prova dessa estranha fase de autoengano e negação.
Um dos momentos mais constrangedores do ‘Dia 101’, exibido na noite de quinta (28), na Globo, foi a resposta da ex-BBB ao questionamento de Tadeu Schmidt sobre quem não merecia chegar à final.
“Eu acho que o Arthur. É o que eu já venho falando lá fora. Não só pelo contexto do jogo, porque acho que tudo que aconteceu aqui favoreceu o Arthur para que ele tivesse se tornado favorito”, disse.
“O Arthur, por exemplo, várias vezes levantou bandeiras sobre ele ir várias vezes para o Paredão. O DG foi oito vezes para o Paredão, conseguiu chegar na final e ainda assim não foi campeão. É uma história que eu acho muito mais relevante, muito mais participativa do que necessariamente a do Arthur”, prosseguiu com seu argumento sem nexo.
“Mas a torcida dele (do Arthur) era muito forte e acabou eliminando pessoas que eram muito fortes também, como Lina, como Gustavo, como eu, como Scooby.”
Surpreendentemente, Jessi se colocou entre os mais fortes. Oi? A bióloga só foi a última mulher a ser eliminada justamente porque era uma competidora fraca, que o público foi deixando ficar, já que havia participantes mais fortes a tirar. Ela apenas ‘sobrou’ na casa.
Será que a professora participou de uma versão do ‘BBB22’ no metaverso, onde teve atuação espetacular e decisiva para os rumos da atração? Na temporada exibida na TV e no Globoplay, seus maiores feitos foram chorar muito, se vitimizar o tempo todo e reclamar de quem jogava abertamente. Nada mais.
No início, Jessi despertou simpatia em parcela do público, porém, o excesso de autocomiseração, a visão equivocada do jogo e a resistência em admitir a força de Arthur a fizeram ser alvo de compreensível ranço. Basta passar os olhos pelas redes sociais para conferir a rejeição que ela própria criou para si.
Em 13 de abril, no post ‘Salvem a professorinha! Mulheres vão se unir por Jessi?’, este blog fez uma provocação: por que não havia sororidade com o objetivo de fazer Jessi superar o favoritismo masculino e levá-la à final como representante de todas as competidoras da edição e das brasileiras em geral?
A verdade é que Jessilane desagradou e decepcionou a ponto de não ter torcida suficiente nem entre as mulheres para ser beneficiada por tal façanha. Goste-se ou não dele, Arthur escreveu seu nome na história do ‘BBB’ como um dos maiores e mais controversos jogadores de todos os tempos. Já a sister deve cair naquele limbo de esquecimento onde está, a contragosto, a maioria dos ex-BBBs.