Cerca de 45 milhões de pessoas assistiram, a cada noite, às sabatinas de Jair Bolsonaro, Ciro Gomes e Lula no ‘Jornal Nacional’.
Um contingente que representa cerca de 30% dos eleitores aptos a votar este ano.
Nenhum tweet, post no Instagram, vídeo do TikTok ou live no YouTube consegue atingir tanta gente ao mesmo tempo.
Somente na Grande São Paulo, epicentro do maior colégio eleitoral do Brasil, as entrevistas alcançaram em média 6,5 milhões de telespectadores.
O jornalismo da Globo provou, mais uma vez, a capacidade inigualável de atrair a atenção do País e produzir manchetes.
Bolsonaro e Lula veem a emissora como maior inimigo na mídia, entretanto, aceitaram o convite – e o risco inerente – de enfrentar os questionamentos de William Bonner e Renata Vasconcellos.
Ao baixar o tom e tratar os âncoras do ‘JN’ de maneira amistosa, eles se curvaram à importância da Globo no processo eleitoral.
Os 40 minutos a cada presidenciável valem tanto ou mais do que toda a propaganda eleitoral que será exibida ao longo de 35 dias até às vésperas do 1º turno.
Além da visibilidade proporcionada pelo canal, cada entrevista gerou valiosa repercussão em incontáveis outros veículos de comunicação e mobilizou as redes sociais. O assunto mais comentado da semana.
Foi um empurrão generoso à campanha dos presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas.
A emissora é, sem dúvida, o melhor cabo eleitoral que um candidato pode ter. Não há exagero em defini-la ainda como maior influenciadora do País.
A maioria dos comentaristas de política informa que a velha televisão (completará 72 anos em setembro) recuperou o prestígio perdido para as redes sociais no pleito de 2018.
Para os assessores dos candidatos, as aparições na TV — especialmente em entrevistas e debates — serão determinantes para a escolha do próximo presidente da República.
Por isso, Bolsonaro e Lula agora trataram a Globo com surpreendente diplomacia. O inimigo, às vezes, pode fazer mais por você do que os amigos.