Os jornalistas que fazem a cobertura de uma guerra protagonizam suas próprias histórias de drama, medo e dor. A repórter argentina Sol Macaluso, de 26 anos, está há mais de 1 mês na Ucrânia pelos canais espanhóis Telecinco e Telemundo.
Ao se preparar para deixar o País a fim de fugir dos ataques do Exército russo, ela recebeu um pedido surpreendente do ucraniano que trabalhou todos os dias como seu guia, motorista e tradutor, chamado Max: levar a filha dele para um lugar seguro.
“Ninguém está preparado para isso”, disse na TV. “É muito difícil que eles tenham que ficar para defender seu País e dizer ‘por favor, leve minha filha e cuide dela, para que não falte nada’.”
A correspondente chorou ao vivo ao relatar a situação. Sol aceitou a missão e levou Danna, de 17 anos, até a Polônia. “Agora ela é minha família, minha irmã”, disse. “Vou cuidar dela o tempo que for necessário.”
Após deixá-las na fronteira, o pai da menina pegou a estrada para voltar a Kiev, onde ficaram sua mulher e seus pais. Ele se uniu às forças de resistência da capital da Ucrânia.
Sol decidiu ficar no oeste do País para continuar a cobertura, mas, antes, providenciou a viagem de Danna. A garota já está a salvo em Barcelona, com a família de outra jornalista.
Ao saber da história pela TV, o pianista anglo-espanhol James Rhodes entrou em contato com a correspondente e se ofereceu para custear as passagens da família de seu cinegrafista ucraniano, Stephan, até a Espanha.