Com estreia marcada para 13 de janeiro, a 25ª edição do ‘Big Brother Brasil’ será a 1ª sem o seu principal diretor, Boninho, desde a implantação do formato na Globo, em 2002. O executivo, apelidado ‘Big Boss’ (grande chefe) pela postura de todo-poderoso, deixa a emissora em dezembro.
Além de ser considerado a alma do reality show, ele exerceu papel relevante nas redes sociais, seja no anúncio de novidades, comentários no decorrer das edições ou simples interação com o público on-line.
Esse papel é imprescindível, já que a internet se tornou grande termômetro de sucesso ou fracasso de um produto de TV, tão importante quanto os números de audiência aferidos pela empresa Kantar Ibope nos aparelhos em domicílios.
Boninho atuou como uma espécie de animador de plateia virtual. Soube usar o X (antigo Twitter) para atiçar a curiosidade dos usuários a fim de levá-los para a frente da TV ou ao Globoplay. Com a saída dele, quem fará essa função crucial? Seu sucessor, o discretíssimo Rodrigo Dourado, não possui o mesmo perfil.
Outro provável problema a ser enfrentado pelo ‘BBB25’ é a herança maldita de ‘Mania de Você’. A novela das 9 registra índices considerados baixos (média parcial de 21 pontos), sem perspectiva de reação após várias mudanças na trama. Esse desempenho aquém do esperado sempre impacta o programa seguinte.
Situação diferente da vivida pelo ‘BBB24’: no dia de sua estreia, 8 de janeiro, a novela ‘Terra e Paixão’ marcou 31 pontos e transferiu público alto. O reality foi beneficiado pelo interesse com a reta final da trama e, duas semanas depois, ganhou impulso com os bons índices do início de ‘Renascer’.
Vencido por Davi Brito, o ‘BBB24’ teve média geral de 20,4 pontos. Melhor que a do ‘BBB23’ (18,7) da campeã Amanda Meirelles, porém, menor que o resultado do ‘BBB22’ (22,9) protagonizado por Arthur Aguiar. Gerador do fenômeno Juliette Freire, o ‘BBB21’ marcou 28,2 pontos. O recorde histórico continua a ser do ‘BBB5’, que consagrou Jean Wyllys, com a média dificilmente superável de 47 pontos.