No dia 30 de março, Kelsey se deitou ao lado de Tom Parker na cama que o cantor da boy band The Wanted ocupava em uma casa de repouso para pacientes em estado terminal ao sul de Londres.
“Ficamos juntos por duas horas, eu só queria esse tempo com ele”, contou ao jornal ‘The Sun’. “Eu não queria que ninguém entrasse. Precisávamos desse tempo juntos para conversar.”
Foi o ato final de um amor iniciado na adolescência, bem antes da fama do artista. Naquela noite, ele morreu aos 33 anos depois de lutar por 18 meses contra um câncer no cérebro.
“Foi lindo até o fim. Éramos apenas nós e havia muito amor naquele quarto”, afirma a viúva. “Eu disse: ‘Tom, eu vou ficar bem, as crianças vão ficar bem. As coisas que você me ensinou ao longo dos anos, eu prometo ensinar tudo a elas’.”
Antes de ser sedado pela última vez, o cantor encontrou forças para responder. “Eu sei que você vai ficar bem”, disse, de acordo com Kelsey. Tom tirou sua aliança de casamento e colocou no dedo da mulher com quem teve uma filha em 2019, Aurelia, e um menino, Bodhi, no ano seguinte.
Uma das músicas tocadas no quarto nos minutos derradeiros do cantor foi ‘Live Forever’, do Oasis. Um trecho: ‘Talvez eu apenas queira voar / Eu quero viver / Não quero morrer... Você e eu vamos viver para sempre’.
“Quando ele morreu, fechei os olhos dele e dei um beijo. Disse ‘eu te amo’. Eu disse a ele que ele era o meu tudo”, relata Kelsey. Fora da casa de repouso, viu uma pena cair do céu. “Eu soube imediatamente que era ele”, diz. “Guardo a pena em um pote de vidro na minha penteadeira.”
Tom Parker foi enterrado com comoventes homenagens no dia 20 de abril. Seus parceiros de banda carregaram o caixão nos ombros. “Eu digo a mim mesma como fui sortuda. Tive a sorte de encontrar Tom, o amor da minha vida, minha alma gêmea e meu melhor amigo”, conclui Kelsey.
