A morte de Silvio Santos, na antevéspera de o SBT completar 43 anos, suscita uma dúvida: qual será o futuro da emissora?
Seu fundador foi onipresente nas decisões até se afastar dos estúdios em setembro de 2022. Delegou poderes à filha número 3, Daniela Beyruti, à frente da direção artística, mas ele ainda opinava.
Agora, com o vazio deixado pelo comunicador, considerado um gênio em estratégia na TV, a emissora terá de encontrar novo rumo sem depender da imagem histórica do ‘Homem do Baú’.
Assim como as outras redes, o SBT vive momento desafiador. Luta para reconquistar a vice-liderança de audiência perdida para a RecordTV. Desde o início do ano, testa novidades na programação, ainda sem resultados expressivos de ganho de público.
Em 2023, o lucro líquido foi de R$ 31,1 milhões, graças ao rendimento de aplicações financeiras. Há dificuldade em aumentar as receitas publicitárias enquanto os custos operacionais para manter a TV no ar continuam a crescer.
Sucessora no comando, Beyruti terá de agir rápido para mostrar ao mercado a capacidade de o SBT sobreviver e evoluir sem Silvio Santos. O canal não poderá viver de saudosismo. O negócio exige inovação.
Assim como a Globo aposta no Globoplay para ter relevância no universo digital e tentar atrair as novas gerações à TV aberta, o clã Abravanel lançou recentemente seu streaming, o +SBT.
No YouTube, a emissora da Anhanguera se sai melhor do que a poderosa concorrente carioca: possui mais inscritos e maior número de visualizações.
Destacar-se na internet é imprescindível a qualquer rede de televisão que não queria ser engolida pelos gigantes do entretenimento digital, sob o risco de se tornar comercialmente inviável.