O que ‘Força da Mulher’ apresenta de especial para gerar mais audiência do que todas as novelas exibidas pela própria RecordTV e o SBT? Resposta simples: uma história profundamente dramática sobre sentimentos universais.
Os autores da trama turca não tiveram vergonha nem pudor em colocar incontáveis desgraças no caminho de uma pobre viúva, Bahar (Özge Özpirinçci). Quem resiste a uma mulher sofredora lutando com unhas e dentes, em uma sociedade opressora, pela vida dos filhos?
O roteiro tem o sumiço de uma criança, a volta do marido dado como morto, avó negligente, meia-irmã diabólica, doença que exige transplante, falta de dinheiro, plano de assassinato por vingança... O telespectador é manipulado a todo momento a sentir piedade da protagonista e torcer por sua felicidade.
É este tipo de enredo com forte envolvimento emocional em falta nas novelas da Globo, onde tudo parece superficial. Querer sofisticar o gênero pode ser um tiro a sair pela culatra: o público não se comove e fica indiferente – ou, pior, troca de canal.
No ar entre 21h e 21h45, bate de frente com a parte final do ‘Jornal Nacional’ e os últimos capítulos de ‘Renascer’, da Globo, e a inédita ‘A Caverna Encantada’, do SBT, ‘Força de Mulher’ registra média geral de 5,3 pontos na Grande São Paulo.
O índice parece baixo, mas é relevante ao considerar a disputa décimo a décimo entre Record e a emissora das irmãs Abravanel na faixa horária. Segundo a assessoria do canal do bispo Edir Macedo, o novelão turco já foi visto por 38 milhões de pessoas em todo o Brasil.
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