No início da noite de sábado (19), a professora de russo Valeria Fomina participou ao vivo do plantão da GloboNews a respeito da guerra na Ucrânia. Esteve ao lado da âncora Leila Sterenberg no estúdio do Rio.
Fundadora do Instituto Rússia Brasil, ela é bastante conhecida dos usuários do app TikTok, onde tem quase 200 mil seguidores. Publica vídeos com curiosidades sobre o estilo de vida em seu País natal.
Já fez gravações, por exemplo, sobre os sabores diferentes de Coca-Cola à venda em um mercado russo, a variedade de tipos de garrafas de vodca e os ‘micos’ que pagou no Brasil. Carismática, a influenciadora fala português melhor do que muitos brasileiros.
Na GloboNews, Valeria revelou ter pedido à sua família na Rússia que não se informe sobre a guerra na Ucrânia apenas pelas emissoras oficiais do governo ou aliadas a Putin.
Em um vídeo no TikTok (@umarussanobrasil), a professora chora ao comentar a reação negativa do planeta contra seu povo. “Gente, não tem como falar que a Rússia é um perigo para o mundo. Separem as coisas, separem bem. Existe a Rússia e existe o governo russo, que está tomando decisões. Ele perguntou ao povo? Não, ele não perguntou ao povo.”
Valeria se mostra chateada com a cobrança de brasileiros para que o povo russo tome as ruas a fim de barrar a sanha belicosa do presidente Vladimir Putin.
“Você, no conforto da sua casa, no sofá, com cervejinha na mão, falando todas essas coisas na internet, conseguiria fazer isso? Conseguiria ir protestar sabendo que seria colocado na prisão?”, provoca.
A influencer faz um questionamento coerente. É fácil militar atrás da tela do celular, longe da realidade. O brasileiro em geral não protesta nem pelos próprios direitos, como pode exigir a reação do povo russo contra o poderoso Putin?