Em 2023, o Grupo Globo teve receitas de R$ 15,1 bilhões. Destes, apenas R$ 118,4 milhões vieram do governo federal. Representaram menos de 1% do faturamento da maior companhia de comunicação do país.
Os recursos recebidos de Brasília pelo canal estão longe da média direcionada pela União nos dois primeiros mandatos de Lula na Presidência.
Entre 2003 e 2010, a TV Globo recebeu R$ 4,7 bilhões pela exibição de publicidade estatal vinda de Brasília. Média de R$ 588 milhões por ano.
Os dados foram divulgados no portal ‘Poder360’ em agosto de 2018 a partir de solicitação com base na Lei de Acesso à Informação.
Os R$ 118,4 milhões recebidos pela emissora carioca da administração petista no ano passado representam 63% do total direcionado por Jair Bolsonaro (R$ 188,6 milhões) à rede de TV da família Marinho em seus quatro anos no Palácio do Planalto.
Os registros do governo bolsonarista foram divulgados pela ‘Folha de S. Paulo’. Ainda segundo o jornal, a vice-líder de audiência, Record, foi a emissora mais beneficiada com propaganda federal (R$ 199,6 milhões) entre 2019 e 2022.
Já no primeiro ano do governo Lula 3, o canal do bispo Edir Macedo, que apoiou a reeleição de Bolsonaro, recebeu somente R$ 33,7 milhões, 72% menos do que a Globo no mesmo período.
Responsável por acompanhar a execução orçamentária do governo, o TCU (Tribunal de Contas da União), recomenda ao governo dividir a verba publicitária às TVs respeitando a proporcionalidade de audiência.
Como número 1 no ranking da Kantar/Ibope, a Globo naturalmente deve ser beneficiada por mais anúncios. Na média diária, a emissora carioca registra mais público do que Record e SBT juntos.