Ah, como é doce o sabor da vingança... A dona de casa Maria Antônia derrotou a própria baixa autoestima, a falta de apoio familiar, a torcida contra da maioria dos colegas de programa e o favoritismo de seu adversário. Para surpresa geral, venceu a quinta temporada do MasterChef Brasil, da Band.
Na noite de terça-feira (31), a gaúcha de gigantescos olhos azuis (às vezes vermelhos, de raiva) conseguiu ir além: sobrepujou a autossabotagem. Mesmo após ter esquecido de pegar no mercado dois ingredientes essenciais (tomates e café) para seu menu de três pratos, ela convenceu os jurados Paola Carosella, Henrique Fogaça e Erick Jacquin de que merecia o prêmio.
No mezanino, onde alguns participantes da edição se comportaram de maneira tóxica ao exagerar na pressão psicológica contra Maria (sem disfarçar a inveja por não estar na final), a derrota do bom moço Hugo, ‘crush’ preferido dos telespectadores do ‘talent show’ gastronômico, caiu como uma bomba (não a de chocolate, é claro).
Talvez só o marido, o filho e meia dúzia de fãs da atração ousaram acreditar que Maria Antônia fosse tão longe. Nem a mãe dela, dona de restaurante, considerava tal façanha – aliás, expressou decepção quando soube que a filha havia se inscrito no programa. Alguém aí se imagina sem o apoio materno num grande desafio?
Ao longo de quase cinco meses, a nova cozinheira campeã protagonizou cenas de descontrole emocional: chorou muito, gritou com outros competidores, menosprezou a si mesma inúmeras vezes. Sentiu-se incapaz, fracassada, infeliz.
Esteve entre os piores cozinheiros em algumas provas, mas também ganhou desafios. Sucessivos altos e baixos de uma trajetória dramática. Maria nunca ocupou lugar entre os mais populares: sua ‘marra’ a faz ganhar uma legião de haters. A vitória folhetinesca gerou centenas de comentários negativos nas redes sociais do MasterChef Brasil.
Irritados, muitos telespectadores juraram nunca mais assistir ao programa. Mas já no próximo dia 21 começa a nova temporada com profissionais da cozinha. Poucos deixarão de espiar... O MasterChef, formato da produtora Endemol Shine, é viciante, assim como uma boa novela. Joga tempero na nossa rotina.
Maria Antônia não é a primeira a fritar a torcida popular. Anteriormente, participantes como Izabel Alves (vencedora em 2015) e Leonardo Young (campeão da terceira temporada), também calaram os desafetos ao despejar água quente no favoritismo dos mais queridos pelo público.
A vingança é, realmente, um prato que se come frio.
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