SÃO PAULO – A prisão de André Esteves, do banco BTG Pactual, nesta quarta-feira (25) não foi o primeiro caso de banqueiros que se enrolaram durante os governos Lula e Dilma. Veja, abaixo, 10 banqueiros que estiveram envolvidos em alguma complicação nos últimos 13 anos.
1) André Esteves (Banco BTG Pactual)
O CEO e dono do BTG Pactual foi preso pela Polícia Federal na manhã desta quarta. De acordo com ação cautelar apresentada pela procuradoria geral ao Supremo Tribunal Federal (STF), Esteves seria o responsável por bancar uma ajuda de custo de R$ 50 mil à família do ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. O banqueiro está sendo acusado de obstruir a operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de corrupção que envolve a petroleira estatal.
2) Carlos Eduardo Schahin (Banco Schahin)
Em julho de 2014, a Justiça condenou o banqueiro Carlos Eduardo Schahin a 4 anos de prisão e pagamento de 185 dias-multa (no valor de 5 salários mínimos cada dia-multa), por manutenção de depósitos de valores não declarados no exterior em nome de uma offshore constituídas nas Ilhas Virgens Britânicas. A pena de prisão foi convertida em prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas e em prestação pecuniária consistente em doação de 500 salários mínimos a entidade assistencial.
3) Henrique Pizzolato (Banco do Brasil)
O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, que passou um tempo foragido no processo do mensalão, foi preso na Itália em fevereiro de 2014. Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. Sua prisão foi determinada pelo STF após o julgamento do último recurso, em 13 de novembro de 2013.
4) Ricardo Guimarães (Banco BMG)
O dono e presidente do Banco BMG foi condenado por gestão fraudulenta no dia 15 de outubro de 2012 pela Justiça Federal em Minas Gerais. O banqueiro recebeu a condenação de 7 anos de prisão por participar do esquema do mensalão.
5) Kátia Rabello (Banco Rural)
A ex-presidente do Banco Rural foi condenada em maio de 2012 no julgamento do mensalão por gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha. O STF concluiu sua pena de 16 anos e 8 meses de prisão, além de R$ 1,505 milhão em multa, o equivalente a 386 dias-multa no valor de 15 salários mínimos cada.
6) José Roberto Salgado (Banco Rural)
O ex-vice-presidente do Banco Rural foi condenado pelo STF em novembro de 2012 a cumprir 16 anos e 8 meses de prisão e multa de R$ 926.400 pelos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta.
7) Vinícius Samarane (Banco Rural)
Ex-dirigente do Banco Rural, Vinícius Samarane foi preso no dia 5 de dezembro de 2013 após ter sido condenado a 8 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime fechado, por lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta.
8) Daniel Dantas (Grupo Opportunity)
O banqueiro sócio-fundador do Grupo Opportunity foi condenado no dia 2 de dezembro de 2008 a 10 anos de prisão em regime fechado por corrupção ativa e por tentativa de suborno a um delegado durante operação da Polícia Federal. Segundo o Ministério Público Federal, o grupo de Dantas movimentou entre 1992 e 2004 quase US$ 2 bilhões por meio do Opportunity Fund, uma offshore nas Ilhas Cayman, no Caribe.
9) Edemar Cid Ferreira (Banco Santos)
Em dezembro de 2006, Edemar Cid Ferreira foi condenado a 21 anos de prisão após a falência do Banco Santos, por gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O ex-controlador do Banco Santos foi preso no dia 12 de dezembro pela Polícia Federal, em São Paulo. 9 anos depois, no entanto, a Justiça Federal anulou a condenação do ex-dono do Banco Santos. Desembargadores determinaram que fase de interrogatórios do processo seja refeita.
10) Henrique Meirelles (Banco Central)
No primeiro semestre de 2004, o ex-presidente do Banco Central foi investigado por suspeita de sonegação, omissão fiscal e evasão de divisas. Em agosto do mesmo ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu conceder a Meirelles o status de ministro de Estado. Com isso, ele ganhou direito ao foro privilegiado. A medida foi um pedido do próprio Meirelles, que ficou incomodado com as acusações contra ele.