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123milhas: Sabino diz não ver caso como risco sistêmico, mas garante que governo tomará providência

Investigação ocorre após companhia suspender emissão de passagens da linha promocional e pacotes com datas flexíveis

22 ago 2023 - 17h52
(atualizado às 18h46)

BRASÍLIA - O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que não vê o caso da agência de viagens 123milhas como um "risco sistêmico" ao sistema nacional de passagens aéreas, mas que o governo tomará providências necessárias após a conclusão da análise do modelo de negócio da empresa. De acordo com ele, contudo, a investigação conjunta entre as pastas do Turismo e da Justiça sobre o caso não tem prazo para ser concluída.

BRASILIA DF NACIONALCELSO SABINO 11/04/2023 - Comissv£o Mista de Orvßamento (CMO) Instalavßv£o e eleivßv£o do presidente. Dep. Celso Sabino (UNIvÉO - PA) FOTO BRUNO SPADA AGENCIA CAMARA
BRASILIA DF NACIONALCELSO SABINO 11/04/2023 - Comissv£o Mista de Orvßamento (CMO) Instalavßv£o e eleivßv£o do presidente. Dep. Celso Sabino (UNIvÉO - PA) FOTO BRUNO SPADA AGENCIA CAMARA
Foto: Bruno Spada / Agência Câmara / Estadão

"Não vejo risco sistêmico. Vejo a análise que está sendo feita no governo em relação à viabilidade e segurança jurídica desse modelo de negócios", declarou o ministro a jornalistas, após participar de reunião da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), nesta terça-feira, 22.

A investigação ocorre após a companhia suspender a emissão de passagens da linha promocional e pacotes com datas flexíveis para embarque entre setembro e dezembro deste ano.

Segundo o ministro, o final da análise pode oferecer duas conclusões. A primeira é a constatação de que o modelo da agência de viagens é viável e que a suspensão da emissão das passagens ocorreu por um problema pontual, "ocasionado por um indivíduo ou por um CPF responsável da empresa".

"Se for detectado isso, o governo vai tomar as providências no sentido de aplicar a lei, aplicar o Código de Defesa do Consumidor e garantir o direito dos consumidores brasileiros", declarou.

A outra possibilidade que o ministro trabalha é de a análise constatar que o modelo de operação da 123 Milhas não garante segurança aos comerciantes e consumidores brasileiros. "Nessa segunda hipótese, o governo também vai tomar providências em parceria com o Congresso Nacional para que nós possamos coibir práticas que possam prejudicar o consumidor", comentou.

No fim de semana, Sabino pediu para que o Ministério da Justiça investigasse a decisão da companhia, classificada como "grave". Ontem, o ministro afirmou que a agência de viagens foi suspensa do Cadastur, um programa que facilita a obtenção de empréstimos e financiamentos no setor. A intenção do governo, segundo ele, é fazer com que os consumidores que adquiriram os pacotes não sejam lesados. Ou seja, recebam de volta o dinheiro caso a companhia não possa garantir as viagens.

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Investigação do governo ocorre após a companhia suspender a emissão de passagens da linha promocional e pacotes com datas flexíveis para embarque entre setembro e dezembro deste ano.
Foto: Daniel Teixeira/Estadão / Estadão
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