O que é necessário para uma pessoa candidata ter seu perfil em destaque nos processos seletivos? Essa é uma pergunta que sempre acompanha a trajetória de pessoas que procuram pela sua vaga no mercado. Até pouco tempo atrás, muitas empresas ainda focavam em encontrar as candidatas e candidatos com o “modelo ideal de currículo”, ou pessoas que conseguissem acertar o gabarito de perguntas capciosas feitas em uma entrevista de emprego. No entanto, as prioridades na avaliação vêm mudando ao longo dos últimos anos.
As habilidades e qualificações profissionais exigidas pelas organizações acompanham as transformações ocorridas na sociedade, como a ascensão da Inteligência Artificial e inovações tecnológicas.
Aspectos que antes não eram considerados em um processo de recrutamento ou avaliação de desempenho, hoje podem definir uma contratação ou promoção.
Parte dessas competências, que ultrapassam características e conhecimentos técnicos, são as chamadas Soft Skills: habilidades que conversam, por exemplo, com a capacidade de relacionamento, comunicação e raciocínio de uma pessoa, e que podem ser desenvolvidas tanto ao longo de experiências profissionais e pessoais, quanto por meio de diversos cursos e capacitações disponíveis no mercado hoje em dia.
A Gupy, HRTech de soluções para RH, reuniu dados a partir das vagas abertas pelas mais de 3.500 empresas clientes da sua plataforma de Recrutamento & Seleção para entender as 7 competências mais requisitadas em processos seletivos, comuns entre organizações de portes e segmentos diferentes.
1. Organização
A organização é uma habilidade essencial para a maioria das posições. Por isso, é importante que o candidato seja capaz de planejar e organizar sua carga de trabalho, especialmente setores que são orientados por prazos. Isso porque, para realizar um serviço com qualidade e eficiência, é preciso fazer uma boa gestão de tempo.
Nesse caso, falamos não apenas em manter um ambiente de trabalho organizado, mas sim, de ser organizado em seus processos. Algumas características de quem tem essa competência profissional inclui atenção e cumprimento dos prazos, avisando com antecedência quando houver contratempos e problemas que influenciam na sua conclusão.
2. Autoconfiança
Além da capacidade de respeitar, confiar e acreditar em si próprios, essa habilidade profissional também envolve propor novas ideias e aceitar desafios no trabalho, o que pode trazer benefícios para a organização.
Sendo assim, a autoconfiança significa que o profissional acredita em seu potencial, seja de alcançar metas e objetivos, de mudar e transformar sua realidade ou de tornar quem deseja ser. Vale lembrar que ser um profissional com autoconfiança em suas entregas, não significa não ter inseguranças.
3. Trabalho em equipe
Outra competência profissional que os gestores de RH costumam analisar é a capacidade de trabalhar em equipe. No entanto, essa é uma característica delicada, porque envolve posicionamento — muitas vezes divergentes — e a aceitação de ideias.
Portanto, além do indivíduo demonstrar atividades de cooperação, parceria, respeito e valorização, é preciso apresentar habilidades de liderança quando necessário. Geralmente, quando a equipe se reúne para alcançar os objetivos e metas, nenhum membro se sobrecarrega. Com isso, o trabalho se torna mais produtivo e as chances de sucesso são maiores.
4. Relacionamento interpessoal
Estabelecer bons relacionamentos interpessoais é extremamente importante para favorecer o clima organizacional. Isso porque precisamos lidar com pessoas o tempo todo, seja no ambiente social, em casa ou no trabalho. Diante disso, essa competência profissional é fundamental na empresa e será avaliada desde o onboarding.
5. Liderança
A liderança não é valorizada apenas nos gestores e chefes. Afinal, cada profissional tem uma influência na organização e em suas equipes de trabalho. Portanto, um líder deve ser responsável pelas suas atitudes e assumir riscos, conhecendo os pontos positivos e negativos da sua equipe e de si mesmo.
Além disso, um colaborador com perfil de liderança consegue engajar e motivar os colegas na busca por um melhor desempenho, o que gera melhores resultados para a empresa.
6. Pensamento criativo
Essa competência trata-se da capacidade do indivíduo de encontrar soluções para os processos da empresa. Por isso, é importante que os candidatos sejam criativos e capazes de impulsionar inovações e aumentar a eficiência das tarefas. Isso é muito valorizado pelas empresas e pode ser um diferencial no processo seletivo.
Uma dica é que, geralmente, é essa competência que é avaliada nas dinâmicas de grupo.
7. Conhecimento Técnico
Se o cargo exige habilidades técnicas, é importante que o profissional adquira conhecimento na área e saiba utilizar programas ou outras ferramentas para a execução das tarefas. Assim, ele consegue aplicar sua competência com sucesso e ter um bom desempenho nas atividades. Isso também permite que o colaborador identifique e administre quaisquer problemas com mais facilidade e entregue um serviço de qualidade aos clientes.
Nos casos em que a vaga não exige conhecimento técnico, é importante que a pessoa candidata tenha vontade de aprender para agregar valor à organização e oferecer um bom trabalho no futuro.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.