O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quinta-feira, 27, que o governo procure um equilíbrio das contas públicas gastando menos do que arrecada. A fala, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o "Conselhão", ocorre um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defender o aumento da arrecadação no lugar de corte de gastos.
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“Reconhecemos a necessidade de encerrar as pressões de gastos públicos desde que, como sempre lembra o presidente, cuidemos dos mais vulneráveis [...]. A gente não pode gastar mais do que ganha. Temos que saber lidar com dinheiro da população brasileira. Honrar cada real que entra nos cofres públicos”, disse Haddad.
O governo central arrecadou quase R$ 203 bilhões no total de receitas federais durante o mês de maio. O número representa um aumento real, ou seja, ajustado pela inflação, de 10,46% em relação ao mesmo mês de 2023. No acumulado de janeiro a maio deste ano, as arrecadações totais chegam a R$ 1,089 trilhões, o que representa um acréscimo de 8,72% pelo IPCA.
Ainda em discurso durante reunião do "Conselhão", Haddad reconheceu que o governo precisa calibrar a comunicação e emitir os sinais corretos para toda sociedade brasileira.
“Temos que calibrar nossa comunicação e emitir os sinais corretos para toda sociedade brasileira de sustentabilidade social, fiscal e ambiental. Temos que demonstrar na prática que estamos comprometidos com essas metas”, enfatizou o ministro da Fazenda.