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A importância da educação financeira para prevenir superendividamento

2 set 2024 - 06h30
Resumo
A inadimplência no Brasil apresentou uma redução em junho, mas ainda afeta 72,5 milhões de brasileiros, sendo impulsionada principalmente pelo desemprego e redução na renda. Medidas urgentes e multifacetadas são necessárias para reverter esse cenário.
Jorge Iglesias
Jorge Iglesias
Foto: Divulgação

O Brasil sofre com a inadimplência. De acordo com dados do Serasa, em junho deste ano, houve uma queda de 1,25% no endividamento em relação ao mês anterior. Mesmo com essa redução, ainda existem 72,5 milhões de brasileiros nessa situação. Esse cenário é alarmante e exige medidas urgentes para sua reversão.

Um olhar mais atento para os motivos por trás desses dados revela que o desemprego e a redução na renda foram os principais impulsionadores da inadimplência nos anos de 2022 e 2023. Isso significa que, além de políticas macroeconômicas voltadas para a geração de empregos e o estímulo à economia, é necessário capacitar os consumidores para gerirem suas finanças de maneira mais eficaz.

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Uma das principais medidas para reduzir ainda mais estes índices tem foco na resolução do Banco Central. As regras, que entraram em vigor recentemente, determinam que instituições financeiras e de pagamento promovam ações de educação financeira para seus clientes. Essas iniciativas educativas têm o potencial de ajudar os brasileiros a melhorar sua organização e planejamento financeiro, estimulando a formação de poupança e prevenindo a inadimplência.

Para os bancos, investir na educação financeira de seus clientes não é apenas uma obrigação regulatória, mas também uma estratégia inteligente. Clientes financeiramente educados têm menos probabilidade de se tornarem inadimplentes, o que preserva a qualidade da carteira de crédito e reduz a necessidade de manter reservas adicionais.

Uma questão de responsabilidade

Entretanto, a responsabilidade não recai apenas sobre as instituições financeiras. Os próprios consumidores precisam reconhecer a importância de se planejar financeiramente e buscar conhecimento para tomar decisões conscientes sobre suas finanças. Em um momento de crescente inadimplência, a habilidade de gerenciar o orçamento de forma eficaz pode ser a diferença entre a estabilidade financeira e o endividamento descontrolado. 

A evolução contínua das tecnologias é um catalisador da inovação e reinvenção da forma como as pessoas se relacionam com o dinheiro e as empresas de soluções financeiras enfrentam um cenário dinâmico para operar de forma eficaz, antecipando as necessidades de clientes e desenvolvendo produtos que atendam às suas expectativas.

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Empresas estão liderando esse movimento, oferecendo plataformas completas que não só proporcionam experiências financeiras satisfatórias, mas também promovem a educação financeira e a inclusão social. Com ferramentas inovadoras de atendimento ao cliente e produtos personalizados, essas companhias estão capacitando os consumidores a tomar melhores decisões financeiras e simplificando sua relação com o dinheiro.

Enfrentar o desafio da inadimplência requer uma abordagem multifacetada que combina regulamentação eficaz, educação financeira e inovação tecnológica. Somente assim poderemos construir uma sociedade financeiramente saudável e resiliente, onde todos tenham a oportunidade de prosperar.

(*) Jorge Iglesias é CEO da Topaz, empresa de tecnologia especializada em soluções financeiras digitais.

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