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A indústria cria: a importância do setor que emprega mais de 11 milhões de brasileiros

De olho no futuro, a indústria inova, desenvolve, capacita e, também, preserva

22 nov 2024 - 13h10
Foto: Iano Andrade/Divulgação/CNI

O despertador toca e é hora de iniciar um novo dia: escolher a roupa que irá vestir, tomar um café e comer um pãozinho, ligar a TV para ficar por dentro das primeiras notícias da manhã, preparar a lancheira dos filhos para a escola ou a marmita para levar para o trabalho, escolher um sapato confortável que aguente a correria do dia, pegar a chave do carro ou pedir um carro de aplicativo pelo celular… essa facilmente pode ser uma sequência de ações de um dia na vida dos brasileiros, mas o que elas têm em comum? Tudo o que compõe o nosso dia é fruto do trabalho da indústria. Ou seja, nosso cotidiano é moldado pela capacidade transformadora da indústria que, impulsionada pela tecnologia, está o tempo todo desenvolvendo produtos e soluções. 

A importância da indústria é histórica e está ligada à modernização das sociedades. Com o surgimento das fábricas, a mudança no processo produtivo permitiu colocar mais produtos no mercado, impulsionou a expansão das cidades, a formação de centros comerciais e o crescimento da economia, além de criar empregos e, consequentemente, aumentar o número de consumidores. 

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A atividade industrial gera efeitos em diversos segmentos de uma sociedade organizada, fornecendo produtos e tecnologias que viabilizam e alavancam as atividades no comércio, nos serviços, nos transportes e na agricultura. O setor industrial é essencial para a economia de qualquer país, criando empregos e impulsionando o desenvolvimento econômico, contribuindo diretamente no PIB da nação.

A INDÚSTRIA NO BRASIL

Responsável por mais de 11 milhões de empregos em 33 segmentos, a indústria emprega 21,2% dos trabalhadores formais no Brasil. Atualmente, há parques industriais em todo o território nacional e o país está entre os dez principais produtores industriais do mundo, o setor é responsável por 25,5% do PIB brasileiro.

Exemplificando a capacidade direta de produzir crescimento econômico, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), cada R$ 1 produzido pelas atividades industriais gera R$ 2,44 no mercado brasileiro, enquanto que, em setores como a agropecuária, a relação é de R$ 1 para R$ 1,74, e no setor de comércio e serviços, cada R$ 1 gerado reverte R$ 1,52 na economia do país.

Foto: Divulgação/CNI

Também é a indústria o setor que paga os melhores salários no país, tanto para cargos que exigem ensino superior quanto para funções ocupadas por pessoas que cursaram até o ensino médio. 

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O setor industrial induz desenvolvimento para toda nação a partir do constante investimento em pesquisa e inovação, e, principalmente, nos esforços de formação educacional, capacitando milhares de talentos e desenvolvendo habilidades requisitadas pelo mercado de trabalho. O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), por exemplo, é referência no Brasil em ensino profissional. A instituição oferece serviços em 28 áreas de atividade industrial, com equipes multidisciplinares, instalações de ponta e metodologias próprias.

Esses pilares fazem parte de um conjunto de diretrizes essenciais para aumentar a competitividade da indústria. Neste contexto, a atuação da CNI tem sido fundamental para estimular as empresas a adotarem inovações tecnológicas, além de ajudar o governo na formulação de políticas públicas para elevar a inserção do Brasil em um mercado global cada vez mais competitivo. Cinco eixos temáticos e prioritários estão sendo trabalhados pelo setor industrial: desenvolvimento, capacitação, inovação, sustentabilidade e, por fim, saúde e bem-estar. 

1. Desenvolvimento  

Quando uma indústria é criada em uma região, ela gera desenvolvimento para o município, para o estado e para a sua comunidade. Por meio da plataforma Atlas da Inovação é possível identificar onde estão os maiores polos de desenvolvimento do país, os insumos, os laboratórios de pesquisa, além de ser possível consultar dados por estado, por exemplo. 

2. Inovação

A indústria é o setor que mais investe em pesquisa, se modernizando tanto nos processos industriais quanto nos produtos finais. Possui postos de trabalho tecnológicos, atrativos para os jovens. A indústria que cria a internet das coisas, a nanotecnologia, automatizações, entre outros. O Brasil está no ranking das 50 nações mais inovadoras do mundo, impulsionado pela tecnologia de ponta, desenvolvimento de soluções modernas e eficiência da indústria.

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3. Sustentabilidade

Foto: Divulgação/CNI

Nos últimos três anos, ações de sustentabilidade já fazem parte do cotidiano de 98% das médias e grandes empresas, por isso não há como pensar no poder transformador e criativo da indústria sem repensar sua forma de interação com todo o ecossistema, como explica o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Rafael Lucchesi: 

"Temos que criar as competências para nos tornar grandes exportadores de manufaturas verdes e desenvolvedores de tecnologias. Além do uso dos recursos naturais e renováveis para desenvolvimento de novos produtos, o Brasil reúne as condições necessárias para ser mais competitivo, utilizando-se das vantagens de sua matriz elétrica e energética limpas".

"O Brasil precisa pensar além de ser somente um produtor de energia verde, como uma nova commodity, mas trabalhar para usar a energia verde como uma grande vantagem competitiva", complementa Lucchesi.

4. Saúde e bem-estar

Vacinas, medicamentos genéricos e produtos de skincare são alguns exemplos da atuação da indústria no setor de saúde e bem-estar. O Brasil é o quarto maior mercado consumidor dos produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos.

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5. Capacitação 

A indústria vem exercendo um papel fundamental nessa área, sendo responsável por preparar crianças e jovens desde o ensino básico até a formação profissional, possibilitando o acesso à educação com metodologias tecnológicas e inovadoras.

Neste pilar, CNI, SESI (Serviço Social da Indústria), SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e IEL (Instituto Evaldo Lodi) atuam em conjunto para criar cada vez mais oportunidades por meio da educação.

No SESI, por exemplo, é possível ter acesso à soluções de gestão de saúde e segurança no trabalho, além de educação de trabalhadores e iniciativas culturais, como o SESI Lab, espaço inédito criado em Brasília para conectar arte, ciência e tecnologia para todos os públicos. Com uma programação multidisciplinar é possível interagir com equipamentos que explicam na prática fenômenos científicos, naturais e sociais, além de participar de eventos como exposições, workshops, oficinas, sessões de cinema e outras atividades. 

Foto: Divulgação/Flickr CNI

Alunos do SENAI, referência em educação profissional e superior, acabam de ser premiados na WorldSkills, a mais difícil competição mundial de qualificação profissional. Na edição deste ano, que aconteceu em Lyon, na França, a equipe do Brasil com 64 competidores ficou em 2o. 2º lugar dentre os 70 países e os 1.400 participantes. 

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Foto: Divulgação/CNI

APOIO À INDÚSTRIA: PROGRAMA NOVA INDÚSTRIA BRASIL

A atuação da indústria é um pilar tão estratégico para o desenvolvimento do país como força motriz para a economia e o aquecimento do mercado brasileiro que, no início de 2024, o Governo Federal lançou a Nova Indústria Brasil (NIB), um pacote de estímulos que visa fortalecer as bases do setor pelos próximos dez anos.

Em conversa com Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), é possível ter a dimensão da importância do apoio do poder público com políticas que ajudem no desenvolvimento do setor industrial: “O Brasil é uma potência agroindustrial porque compreendeu, como política de Estado, que investir em inovação e tecnologia é o caminho para promover o desenvolvimento de um setor econômico como um todo. Tal como a que tornou o Brasil a grande referência do agronegócio, a nova política vai no mesmo sentido, mas com o foco na indústria, de forma transversal e com programas e ações direcionados aos desafios postos pelo cenário atual, econômico, ambiental e geopolítico.” 

A iniciativa foi idealizada em missões que conversam com os cinco eixos temáticos do setor industrial. São elas:

  1. Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para erradicar a fome

  2. Complexo da saúde resiliente para a prevenção e o tratamento de doenças

  3. Infraestrutura sustentável para a integração produtiva

  4. Transformação digital da indústria

  5. Descarbonização da Indústria, viabilização da transição energética e bioeconomia

  6. Tecnologias críticas para a soberania e a defesa nacionais

Dentre as ações da NIB, pensando no impacto ambiental, está o Programa Mover, que busca alinhar avanço tecnológico com economia de baixo carbono e eficiência energética, sem perder de vista a competitividade global e o crescimento do setor automotivo no país.

Segundo Rafael Lucchesi, é preciso atentar-se às condicionalidades e contrapartidas para acesso aos benefícios da NIB, como no caso do Mover: “O programa Mover, por exemplo, visa promover a expansão de investimentos em eficiência energética, incluir limites mínimos de reciclagem na fabricação dos veículos e cobrar menos imposto de quem polui menos, com requisitos como centro de custo de P&D e investimentos mínimos em P&D para acesso aos incentivos".

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O programa da NIB fortalece a parceria entre governo e setor privado, empenhados em uma agenda comum de sustentabilidade e inovação. “A indústria está profundamente engajada com essa agenda. Vamos trabalhar para que os recursos empregados se convertam em desenvolvimento produtivo, crescimento econômico, empregos e renda para a população brasileira.”, completa Ricardo Alban, presidente da CNI.

A INDÚSTRIA CRIA O FUTURO

Pensar em produção única e exclusivamente faz parte de uma visão ultrapassada da indústria. Hoje, o verbo que traduz a importância do setor para o país é: criar. 

A indústria cria tecnologia, cria transformação e cria oportunidades.

Conheça tudo o que a indústria cria.

Fonte: CNI
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