As ações da Americanas sinalizavam uma queda forte nesta quinta-feira, após a empresa divulgar que trabalha com a possibilidade de fazer um pedido de recuperação judicial "nos próximos dias ou potencialmente nas próximas horas".
Por volta de 9h50, os papéis apontavam queda de 8%, a 1,60 real, no leilão de abertura dos negócios na bolsa paulista, que abre às 10h, ampliando ainda mais as perdas desde a eclosão do escândalo. Antes do anúncio das "inconsistências contábeis" de 20 bilhões de reais, no último dia 11, as ações valiam 12 reais.
A companhia afirmou que sua posição de caixa é de 800 milhões de reais, dos quais "parcela significativa" estava "injustificadamente indisponível para movimentação na data de ontem".
Na véspera, a Justiça do Rio de Janeiro reverteu decisão que protegia a Americanas de ser cobrada pelo BTG Pactual sobre dívida de 1,2 bilhão de reais com o banco. O Bradesco também pediu que a justiça só permita que a empresa retire recursos do banco com aval prévio.
"O cenário segue se deteriorando rapidamente para a Americanas, que até o momento trouxe pouca ou nenhuma novidade positiva em termos de negociações com os credores", afirmou a equipe da Guide Investimentos em nota a clientes.