As ações da Americanas (AMER3) afundam 72% por volta das 11h35, após a companhia divulgar seu resultado referente ao segundo trimestre de 2024.
O prejuízo da Americanas foi de R$ 1,4 bilhão nos primeiros seis meses de 2024.
Além disso a companhia reportou prejuízo de R$ 2,272 bilhões no ano de 2023, sendo 82,8% menor em relação ao ano de 2022. Já no primeiro semestre deste ano, o prejuízo foi de R$ 1,4 bilhões, 55,9% menor ante igual etapa do ano de 2023.
Juntamente com os números, a empresa anunciou em fato relevante que decidiu cancelar previsões de desempenho que haviam sido publicadas ao fim de 2023.
A justificativa para isso foi a necessidade "de reavaliar a expectativa de desempenho futuro em razão da divulgação dos resultados".
Nessas projeções a AMER3 esperava um Ebtida maior que R$ 2,2 bilhões em 2025, com uma dívida bruta de entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão e alavancagem abaixo de 0,75x.
Nos números de 2024, a companhia fechou com Ebitda positivo em R$ 1,3 bilhão, revertendo resultado negativo de R$ 1,185 bilhão do primeiro semestre de 2023.
As vendas brutas medidas pelo GMV ficaram em R$ 10,1 bilhões no semestre, queda de 9% no comparativo anual.
Já as vendas de mesmas lojas (SSS) as vendas saltaram 19,7%.
No fim de junho a companhia somava 1.622 lojas, número menor que as 1.803 lojas que a empresa tinha em 2022 e as 1.731 no fim de 2023.
"Desde o final de junho, o focou da empresa passou a ser integralmente nas operações", disse o presidente-executivo da Americanas, Leonardo Coelho, durante a teleconferência de resultados da Americanas.
"Tem muita coisa para acontecer até o final de 2025", cconcluiu.
Americanas cai 95% em 12 meses
Com a queda de mais de 70% durante o pregão desta quinta (15), as ações da Americanas já somam uma desvalorização de 94% no acumulado de 2024. Em uma janela de 12 meses, como mostra o gráfico abaixo, os papéis caem 95,3%.