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Agências de risco elogiam corte de R$ 44 bilhões no Orçamento

O Brasil anunciou que vai contingenciar R$ 44 bilhões do Orçamento neste ano num esforço para recuperar a credibilidade junto aos investidores

20 fev 2014 - 18h12
(atualizado às 18h59)

O contingenciamento de despesas orçamentárias é um passo na direção correta e salienta o fato de que o governo brasileiro está buscando ancorar melhor as expectativas sobre a política fiscal, disse nesta quinta-feira a diretora de crédito soberano da América Latina para a Fitch Ratings, Shelly Shetty.

Ela destacou que a meta fiscal está baseada em uma projeção mais realista de crescimento da economia brasileira em 2014, ainda que ligeiramente otimista, e que a dependência esperada de receitas não recorrentes para alcançar a meta foi reduzida em relação ao ano passado.

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"Tudo isso sugere que o governo está disposto a fazer alguns ajustes fiscais em meio a um ciclo eleitoral", disse Shetty. Entretanto, a diretora da Fitch destacou que é preciso avaliar as ações efetivas que o governo irá tomar para atingir o objetivo fiscal.

"Dito isso, temos de monitorar a implementação e a performance fiscal em 2014 para julgar quão efetivo o contingenciamento será, especialmente no contexto de contínuos riscos às projeções de crescimento", afirmou a analista em comunicado. A Fitch classifica o Brasil com a nota BBB, com perspectiva estável.

Moody's

A agência de classificação de risco Moody's avalia que a meta de superávit fiscal do Brasil de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), está em linha com a perspectiva estável do rating "Baa2" atribuído ao país.

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"Ainda que o anúncio ajude a diminuir as preocupações do mercado, neste momento estamos mais focados no resultado final", afirmou em mensagem por e-mail à jornalistas o analista da Moody's para o Brasil, Mauro Leos.

"Um superávit primário de 1,9% do PIB pode ser suficiente para evitar uma deterioração nos indicadores de dívida do Brasil, que devem se manter próximos a 60% do PIB, não apresentando melhora significativa em relação ao ano passado", acrescentou. Para Leos, o anúncio do governo brasileiro é uma indicação de que não deve haver ajuste fiscal relevante antes das eleições presidenciais.

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