A colheita de algodão na Bahia para a safra 23/24 foi oficialmente concluída. Ao todo, foram plantados 345.431 hectares no estado, dos quais 247.609 hectares em áreas de sequeiro e 97.821 hectares em áreas irrigadas. O processo de colheita, iniciado em maio, ocorreu predominantemente na região Oeste, que abrangeu 98% da área cultivada, com 339.721 hectares. Já o Sudoeste do estado contribuiu com 5.710 hectares, em sua maioria também em áreas de sequeiro.
Ao final da colheita, a produtividade média foi de 325,45 arrobas de algodão em caroço por hectare, um pouco abaixo das 330,8 arrobas por hectare obtidas na safra anterior. No entanto, os resultados superaram as expectativas, considerando as adversidades climáticas enfrentadas pelos produtores.
"No início da semeadura, enfrentamos chuvas irregulares por conta do fenômeno El Niño, o que gerou incertezas. Entretanto, com a estabilização das chuvas nos meses seguintes, o desenvolvimento das plantações foi favorecido. Nossa previsão inicial para as áreas de sequeiro era de 312 arrobas por hectare, mas conseguimos alcançar 316 arrobas por hectare. Já nas áreas irrigadas, atingimos 348 arrobas por hectare. Esses resultados são fruto das boas práticas adotadas pelos produtores, assegurando a qualidade do algodão baiano", explica Luiz Carlos Bergamaschi, presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).
Fonte: Abapa
Aumento de área plantada
A região Oeste registrou um aumento de 10,7% na área plantada em relação à safra anterior, que somava 312,5 mil hectares. Para a próxima safra, 2024/2025, espera-se um crescimento de 10,5%, totalizando 380 mil hectares plantados. Atualmente, cerca de 75% da fibra colhida já passou pelo processo de beneficiamento, e aproximadamente 70% foi analisada no Centro de Análise de Fibras da Abapa.
Manejo adequado
Com o fim da colheita, os produtores agora se concentram nas atividades da entressafra, seguindo as diretrizes estabelecidas pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). O período de vazio sanitário, que começou em 20 de setembro se estende até 20 de novembro e exige a eliminação de restos culturais e plantas tigueras nas áreas de rotação com algodão, soja, milho e outras culturas. Essas medidas são essenciais para o controle do bicudo-do-algodoeiro, uma das principais pragas da cultura.
Algodão de Mato Grosso
Do campo a indústria têxtil. Veja como o algodão do Mato Grosso chega ao chão de fábrica. Investimento em tecnologia, inovação e condições climáticas tem favorecido a cultura a cada safra.