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Ainda sem acordo, Grécia diz que pagará salários e pensões

País está perto de ficar sem dinheiro, já que teve de esvaziar uma reserva junto ao FMI

18 mai 2015 - 11h08
Bandeiras da Grécia e União Europeia vistas em Atenas
Bandeiras da Grécia e União Europeia vistas em Atenas
Foto: Kostas Tsironis / Reuters

O governo da Grécia pagará salários e pensões em maio, mas precisa de um acordo com credores até o fim do mês, afirmou nesta segunda-feira o porta-voz do governo, Gabriel Sakellaridis, em meio a temores cada vez maiores de que o país está à beira da falência.

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Sem ajuda ou acesso aos mercados de títulos, Atenas está perto de ficar sem dinheiro - o país teve de esvaziar uma conta de depósito junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para realizar um pagamento de dívida à instituição na semana passada. Investidores se livravam de ações e bônus gregos nesta segunda-feira por preocupações de que Atenas pode não fazer um pagamento que vence no mês que vem.

Questionado sobre um pagamento ao FMI que vence em 5 de junho, Sakellaridis reiterou a posição do governo de que pretende atender todas as suas obrigações. Questionado se o governo pagará salários e aposentadorias neste mês, ele disse: "Sim".

Ele afirmou, no entanto, que o governo espera fechar um acordo com credores da União Europeia e o FMI neste mês, com um acordo no nível técnico fechado até 19 de maio. Conversas na cúpula da UE em Riga nesta semana viriam na sequência, então ocorreria uma possível reunião emergencial de ministros da zona do euro antes do fim de maio.

"Podemos dizer que o cronograma é tal que se tem maio ou o final de maio para a conclusão desse acordo", disse Sakellaridis na coletiva de imprensa. "É necessário que haja uma solução em maio para resolver nossos problemas de liquidez".

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Ele descartou a possibilidade de cobrar uma taxa sobre depósitos bancários para angariar recursos, e afirmou que o governo não firmará acordo para um terceiro programa de resgate.

Sakellaridis disse que o governo insistirá em evitar cortes sobre salários e pensões, em elaborar um plano de crescimento forte, uma meta de superávit primário baixa e reestruturação de sua dívida como elementos de um acordo abrangente com credores.

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