O Airbnb, site de aluguel de casas e apartamentos para temporada, terá de se apresentar a um tribunal na terça-feira contra o procurador-geral de Nova York, Eric Schneiderman, para tratar dos usuários que alugam apartamentos irregularmente, informou o jornal New York Post citando fontes não identificadas.
Aproximadamente dois terços dos apartamentos de Nova York recentemente listados no Airbnb estavam sendo sublocados ilegalmente, de acordo com uma declaração juramentada do gabinete do procurador-geral do Estado, informou o jornal.
A declaração, que deverá ser apresentada no tribunal nesta segunda-feira pelo gabinete do procurador, mostra que 64% das mais de 19,5 mil ofertas do Airbnb de 31 de janeiro cobrem um "apartamento inteiro", disse o NY Post. Mais de 200 das ofertas vêm de apenas cinco "anfitriões", sugerindo que terceiros estavam alugando apartamentos em nome de seus proprietários, disse o jornal.
Schneiderman abriu uma investigação do ano passado sobre se os anfitriões do Airbnb, uma empresa do Vale do Silício que permite a indivíduos colocar quartos para alugar, está quebrando uma lei de 2010 que proíbe locatários de sublocarem seus apartamentos por menos de 30 dias.
O gabinete de Schneiderman primeiro demandou em agosto que a empresa entregasse os dados de todos os anfitriões do Airbnb no Estado de Nova York. Os procuradores estaduais enviaram uma intimação em outubro, depois de não conseguir obter as informações, apesar de diversas rodadas de negociações com os advogados do Airbnb. O site foi então para a Justiça para bloquear a intimação.
Um grupo liderado pela empresa de private equity TPG Capital Management concordou em investir US$ 450 milhões no Airbnb, avaliando a empresa em US$ 10 bilhões, disse à Reuters uma fonte próxima ao tema na sexta-feira.