A Airbus entregou 766 aviões em 2024, aparentemente certa de sua liderança no setor de fabricação de jatos pelo sexto ano seguido, enquanto a concorrente Boeing se recupera cautelosamente de uma longa crise interna, mostraram dados da empresa europeia nesta quinta-feira.
A fabricante de aeronaves da Europa teve desempenho um pouco abaixo da sua meta principal de entregar "cerca de 770" jatos, mas deve reivindicar vitória já que havia estabelecido uma margem de erro, diante das cadeias de suprimento globais ainda prejudicadas pela escassez de peças e mão de obra.
As entregas, que confirmam uma contagem provisória da Reuters de 766 jatos, marcam uma desaceleração na recuperação industrial da Airbus após a pandemia, com o crescimento anual caindo mais da metade, para 4%, contra 11% um ano antes.
Embora a Boeing ainda não tenha divulgado seus dados anuais, um avanço cauteloso e restrições regulatórias após o incidente em pleno voo com um avião da Alaska Airlines, há um ano, já haviam deixado uma lacuna intransponível entre as entregas da Boeing e da Airbus para 2024.
No entanto, os analistas dizem que as duas fabricantes de aviões continuam competindo agressivamente por novos pedidos.
A Airbus registrou 878 pedidos brutos ou um total líquido de 826 após cancelamentos, queda de 61% ante o recorde de 2023. Já a Boeing, até o final de novembro, tinha 370 pedidos líquidos após cancelamentos.