Com um registro do aumento de 0,98% durante o mês de maio no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), o grupo de alimentos e bebidas puxou a alta do indicador no mês de junho, que considera a previsão de 0,39% de alta nos índices gerais. A subida nos valores reflete diretamente nos hábitos de consumo dos clientes, movimento esse que é notado no estudo divulgado este ano pela Opinion Box com a Neogrid, o preço influencia em 66% na decisão de compra dos consumidores.
Diante dessa situação, os mercados buscam compreender os hábitos de consumo dos clientes, para conseguirem alavancar as vendas e assim manterem o fluxo de compra acima da média. Guilherme Mauri, sócio-fundador e CEO da Minha Quitandinha, startup de tecnologia em varejo que atua no modelo de franquia de minimercado autônomo, elenca quatro dicas para conquistar o consumidor em tempos de inflação.
A importância do diálogo com o consumidor
O executivo recomenda uma comunicação direta com o cliente. “Quando esse aumento real chega nas gôndolas, os clientes buscam duas alternativas: seja os melhores preços alinhados a qualidade e variedade dos produtos ou buscam reduzir as compras. Por isso, é essencial compreender as necessidades do consumidor, a partir do mapeamento do perfil de compra feito anteriormente, que pode ser observado no histórico de vendas passadas, para diminuir o impacto do aumento”.
Equilibrar os preços para que se mantenham competitivos
Na tentativa de driblar esse período, Mauri reforça que os preços dos produtos entram como um fator decisivo na hora da compra. “Usualmente, os consumidores já realizam uma pesquisa prévia dos valores antes de ir ao mercado, seja o mercadinho de bairro ou mesmo os grandes supermercados, por isso, o preço é determinante neste momento, porque ele molda a experiência de consumo. Se o cliente encontrar a maior oferta de produtos, com variedades e valores atrativos, ele efetuará a compra”, afirma.
Diferenciais da conveniência e superproximidade
Entre as percepções de hábitos de consumo, o especialista também destaca a importância dos mercados de bairro como determinante para o consumidor colocar o produto no carrinho. “Ter a facilidade de encontrar o que precisa perto de casa também integra essa conta que o consumidor faz, principalmente se ele não precisa realizar deslocamento, que gera gasto de tempo e transporte, e ter essa comodidade próxima influencia na escolha final do cliente”.
Levar em consideração fatores decisivos para compra
Com essa perspectiva, o CEO da Minha Quitandinha traz também uma observação sobre tornar a experiência de compra mais alcançável para os clientes. “Mesmo com todo o preparo dos empreendedores para lidarem com esses tempos de altos e baixos, a decisão de compra do cliente é baseada na combinação de praticidade, preço justo (competitivo) e variedade. Tudo isso torna o ato de ir ao mercado menos impactante diante da inflação”, finaliza.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.