O aumento de 0,25 ponto percentual que elevou a Selic a 11% ao ano anunciada nesta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deverá ter pouco impacto sobre as taxas de juros cobradas em operações de crédito.
Na avaliação do diretor-executivo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, com a maior competição do sistema financeiro após a redução dos juros feita pelos bancos públicos é possível que algumas instituições mantenham inalteradas suas taxas.
Segundo Oliveira, as diferenças entre a taxa básica de juros e a cobrada dos consumidores são tão grandes que atingem uma variação de até 800%. Na média, a pessoa física paga um juros de 97,05% ao ano, de acordo com a Anefac.
Linha de crédito | Selic a 10,75% (mês/ano) | Selic a 11% (mês/ano) | Variação (mês/ano) |
Juros do comércio | 4,46% / 68,81% | 4,48% / 69,20% | 0,45% / 0,56% |
Cartão de crédito | 10,08% / 216,59% | 10,10% / 217,28% | 0,20% / 0,32% |
Cheque especial | 8,08% / 154,06% | 8,10% / 154,63% | 0,25% / 0,37% |
CDC (financiamento de veículos) |
1,75% / 23,14% | 1,77% / 23,43% | 1,14% / 1,26% |
Empréstimo pessoal (bancos) |
3,30% / 47,64% | 3,32% / 47,98% | 0,61% / 0,72% |
Empréstimo pessoal (financeira) | 7,22% / 130,84% | 7,24% / 131,36% | 0,28% / 0,40% |
Taxa média | 5,82% / 97,05% | 5,84% / 97,49% | 0,34% / 0,46% |