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Americanas decidem ingressar com ação judicial contra ex-diretores por rombo de R$ 25 bilhões

A maioria dos acionistas da empresa autorizou ação de responsabilidade civi” contra Gutierrez, Saicali, Barros e Meirelles

11 dez 2024 - 16h20
(atualizado às 18h39)
Lojas Americanas foi uma das empresas que entrou com pedido de recuperação judicial em 2023
Lojas Americanas foi uma das empresas que entrou com pedido de recuperação judicial em 2023
Foto: Pedro Kirilos / Estadão Conteúdo / Estadão

Os acionistas da Americanas aprovaram, em assembleia realizada nesta quarta-feira, 11, que a atual administração da varejista entre com ações de responsabilidade civil contra os ex-diretores da companhia em decorrência do rombo contábil superior a R$ 25 bilhões revelado em 2023.

A maioria dos acionistas da empresa autorizou “a propositura da ação de responsabilidade civil” contra Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas; Anna Saicali, ex-CEO da B2W; e os ex-vice-presidentes José Timótheo de Barros e Márcio Cruz Meirelles. As informações são do jornal O Globo.

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A ação judicial será "em razão dos prejuízos causados à companhia no contexto da fraude contábil e dos demais atos ilícitos praticados durante o exercício social finalizado em 31 de dezembro de 2022". 

A crise financeira gerada pela descoberta de uma fraude contábil levou a Americanas a solicitar recuperação judicial. Era preciso um aval formal dos acionistas para que a atual administração ingressasse com ação judicial.

Fraude 

A apuração das autoridades aponta que foram praticadas operações de risco sacado, na qual a varejista consegue antecipar o pagamento para fornecedores por meio de empréstimo junto aos bancos. 

Foram identificadas também fraudes envolvendo contratos de verba de propaganda cooperada (VPC), que são incentivos comerciais geralmente utilizados no setor. No entanto, neste caso, eram contabilizadas VPCs que nunca existiram.

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No início deste mês, a CVM absolveu Sergio Rial, ex-CEO da Americanas que revelou ao mercado a existência das inconsistências contábeis, em processo em que o executivo era acusado de violar regras do mercado de capitais na divulgação da crise na varejista, em janeiro do ano passado.

Fonte: Redação Terra
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