O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou nesta segunda-feira que o aporte do Tesouro Nacional ao banco de fomento deve ser definido e liberado ainda neste mês e admitiu que a redução nos desembolsos da instituição este ano deve ser menor do que a esperada inicialmente.
"Estamos chegando a um momento em que o aporte (do Tesouro) é imprescindível e, ao longo deste mês, esperamos as duas coisas", disse Coutinho a jornalistas, referindo-se à definição do volume de recursos e ao momento da liberação do aporte. Em 2013, o Tesouro fez aporte total de R$ 39 bilhões no BNDES, em duas etapas, segundo o banco.
Segundo Coutinho, a redução menor que a esperada nos desembolsos de 2014 ocorrer diante de contenção de oferta de crédito à pessoa jurídica pelos bancos privados. Sem citar números, ele afirmou que o BNDES pode ter que compensar essa restrição dos bancos privados para estimular a continuação dos investimentos no país.
"Precisamos assegurar que os investimentos tenham um desempenho satisfatório e nos preocupa um pouquinho a desaceleração do crédito à pessoa jurídica por parte do sistema financeiro privado", disse Coutinho a jornalistas. "Poderemos moderar um pouquinho (os desembolsos), mas sem prejudicar o investimento", disse ele.
O presidente do BNDES afirmou que os desembolsos do banco no segundo bimestre desaceleraram em relação à alta anual de 35% ocorrida no período de janeiro a abril , mas que se mantiveram no mesmo patamar do segundo bimestre de 2013. "Já houve uma moderação do ritmo em março e abril, mas, mais ou menos parelho com 2013", disse Coutinho.