Após oscilar abaixo dos 6,00 reais durante a manhã, o dólar se recuperou e fechou a quinta-feira em alta, acima dos 6,05 reais, em sessão marcada pela realização de lucros generalizada nos mercados brasileiros, ainda que no exterior a moeda norte-americana tenha recuado ante boa parte das demais divisas.
O dólar à vista fechou em alta de 0,50%, aos 6,0551 reais. Em janeiro, porém, a moeda ainda acumula baixa de 2,01%. Às 17h03 na B3 o dólar para fevereiro -- atualmente o mais líquido -- subia 0,65%, aos 6,0725 reais.
No início da sessão a divisa dos EUA chegou a oscilar em baixa, acompanhando o leve recuo das cotações visto também no exterior, onde investidores ponderavam a divulgação de dados econômicos antes da posse do presidente eleito Donald Trump, na próxima segunda-feira.
No melhor momento, às 9h34, o dólar à vista foi cotado na mínima de 5,9962 reais (-0,48%).
"O dia começou com o dólar em queda, chegando a bater abaixo de 6,00 reais, na mínima, mas neste momento surgiu a pressão de importadores, puxando as cotações (para cima)", comentou Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital.
Na prática, como em sessões anteriores, importadores e outros agentes aproveitaram as cotações mais baixas para comprar dólares, impulsionando as cotações, em meio à percepção de que o cenário fiscal brasileiro ainda não dá margem para um dólar abaixo dos 6,00 reais.
Profissionais ouvidos pela Reuters pontuaram ainda que parte dos investidores aproveitou a quinta-feira para realizar os lucros recentes no câmbio, vendendo reais, em movimento que esteve em sintonia com a realização na bolsa de ações -- onde o Ibovespa caía mais de 1% -- e no mercado de DIs (Depósitos Interfinanceiros).
Neste cenário, o dólar à vista atingiu a cotação máxima de 6,0718 reais (+0,78%) às 15h57.
No exterior, a moeda norte-americana se mantinha em baixa ante boa parte das demais no fim da tarde, com investidores acertando posições antes da posse de Trump, na segunda-feira. Às 17h12, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,04%, a 108,990.
Pela manhã, o Banco Central vendeu 15.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 3 de fevereiro de 2025.