O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, minimizou os protestos feitos durante o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, no domingo na ocasião do Dia Internacional da Mulher, em relação ao pedido de apoio à população para o ajuste fiscal que o governo tem tentado implementar para reequilibrar as contas públicas. Em entrevista ao jornal O Globo, Levy disse que o apoio não é ganho “em um dia”.
“A grande maioria das pessoas entende que sem o equilíbrio fiscal não vamos crescer. Assim como o combate à inflação, ele é um valor que a grande maioria da população apoia”, afirmou o ministro da Fazenda. “Evidentemente, a comunicação dos meios para alcançá-lo esse ano não se dá em um dia.”
De acordo com Levy, as medidas anunciadas até agora foram tomadas no sentido de reverter algumas ações “anticíclicas”, e não fazer cortes drásticos no orçamento ou criar novos impostos.
“Acho que a principal consideração é que se equilibrarmos as contas e atacarmos alguns ‘nós’ e gargalos da economia, o Brasil tem tudo para crescer. Vai ser um período de muito trabalho, e o importante é dar a confiança às pessoas de que vale à pena trabalhar”, disse o ministro.