O dólar caiu quase 2,5% antes o real nesta quarta-feira, refletindo uma percepção mais positiva do quadro político local após o vice-presidente da República, Michel Temer, assumir a articulação política do governo e firmar acordo com líderes do Congresso para apoiar o ajuste fiscal.
A moeda norte-americana caiu 2,48% ante o real, a R$ 3,0563 na venda, após subir 0,38% na véspera, quando interrompeu cinco sessões seguidas de queda.
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Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,3 bilhão.
Nesta tarde, Temer, que também é presidente do PMDB e assumiu a articulação política do governo na terça-feira, firmou acordo com presidentes e líderes de partidos da base governista no Congresso pelo reequilíbrio macroeconômico e estabilidade fiscal para apoiar o ajuste proposto pelo governo nas contas públicas.
"A nomeação do Temer (como articulador político) dá um aceno mais claro para o Congresso e facilita a aprovação das medidas do (ministro da Fazenda, Joaquim) Levy", disse o gerente de câmbio da Correparti, João Paulo De Gracia Correa.
No exterior, a ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) divulgada nesta tarde mostrou que autoridades do Federal Reserve, banco central norte-americano, reconheceram riscos externos e um início de ano fraco na reunião de março. Porém, permaneceram bastante confiantes na força da recuperação dos Estados Unidos para continuar a lançar bases para uma elevação dos juros ainda este ano.
"A ata mostrou os membros divididos em relação ao aumento de juros, mas o mercado está vendo a ata como um pouco defasada, sem incorporar dados ruins do mercado de trabalho", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.
Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a US$ 10,115 bilhões. Até o momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 25% do lote total.