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Argentina sela acordo de US$45 bi com equipe do FMI; texto vai ao Congresso

3 mar 2022 - 15h31
(atualizado às 15h43)

A Argentina fechou um acordo de dívida de 45 bilhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional (FMI), disseram o governo do país e o FMI nesta quinta-feira, após negociações para aparar arestas finais do acordo.

"Após intensas negociações, o governo nacional conseguiu selar um acordo com o FMI", disse o Ministério da Economia argentino em comunicado, acrescentando que o acerto será enviado ao Congresso nesta quinta-feira e buscará refinanciar cerca de 45 bilhões de dólares.

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O FMI disse em comunicado que os dois lados chegaram a um consenso entre autoridades de alto escalão sobre um mecanismo de financiamento estendido.

O Congresso da Argentina ainda precisa aprovar o acordo, que vem após mais de um ano de negociações que pesaram sobre os preços dos títulos e limitaram o acesso do país ao crédito.

O acordo do FMI, que vai rolar uma linha de crédito fracassada de 57 bilhões de dólares de 2018, é fundamental para o país produtor de grãos estabilizar sua economia atingida pela crise em meio à inflação desenfreada e à diminuição das reservas em moeda estrangeira.

A porta-voz presidencial Gabriela Cerruti disse que o tópico mais difícil do acordo foi sobre como aumentar os preços da energia, mantidos baixos por subsídios de cerca de 11 bilhões de dólares no ano passado.

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"A questão tarifária foi uma das mais discutidas e intensamente negociadas", disse ela em entrevista coletiva nesta quinta-feira.

"Mas foi alcançado um entendimento e um caminho que atende aos mais vulneráveis e avança na construção de tarifas razoáveis que nos permitem focalizar gastos para gerar emprego e impulsionar a economia."

A aprovação rápida no Congresso é fundamental, pois a Argentina corre para finalizar o acordo antes de prazos finais para pagamento neste mês, quando enfrenta um vencimento de cerca de 2,8 bilhões de dólares em compromissos.

O presidente argentino, Alberto Fernández, disse ao Congresso na quarta-feira que, se o acordo fosse aprovado, o país começaria a fazer pagamentos ao FMI em 2026 e os concluiria até 2034.

Em janeiro, o governo da Argentina anunciou que havia chegado a um entendimento de princípio com o FMI para substituir o empréstimo falido de 2018. A chefe do FMI, Kristalina Georgieva, disse na época que ainda havia muito trabalho a ser feito.

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