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Ata do Copom reforça projeção de duas altas de 1pp na Selic

17 dez 2024 - 10h31
Selic: próximos passos do Copom.
Selic: próximos passos do Copom.
Foto: Suno

Na última quarta-feira (11), o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, de 11,25% para 12,25% ao ano, e sinalizou mais dois ajustes de mesma magnitude nas próximas reuniões. A ata do Copom divulgada nesta terça-feira (17) destaca que ambas as decisões foram feitas de forma unânime.

O documento também reforça que a magnitude do ciclo de aperto será determinada pelo firme compromisso do Banco Central em trazer a inflação de volta à meta, levando em conta fatores como as projeções de preços, o cenário econômico e o balanço de riscos.

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A ata detalha que a deterioração adicional das expectativas e projeções de inflação exigiu uma resposta mais tempestiva. O Copom destacou que os "vários riscos se materializaram", tornando o cenário mais adverso, mas com maior previsibilidade.

Nesse contexto, diz o comitê, a sinalização mais clara sobre as próximas decisões ocorreu para oferecer visibilidade ao mercado, diante de um cenário doméstico resiliente e um ambiente internacional desafiador.

O Banco Central também revisou suas projeções, prevendo que o IPCA atinja 4,9% em 2024, acima do teto da meta de 4,5%, e 4,5% em 2025. O cenário de referência considera a trajetória de juros do Focus e uma taxa de câmbio inicial de R$ 5,95.

Entre os fatores que impulsionam a demanda interna, a ata do Copom cita o dinamismo do mercado de trabalho e os estímulos fiscal e creditício, que têm mitigado os efeitos contracionistas da política monetária.

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O cenário internacional também foi avaliado como desafiador, com incertezas sobre a postura do Federal Reserve (Fed) diante da desaceleração da economia dos EUA. Para o Copom, esse quadro exige cautela adicional dos países emergentes.

Além disso, as próximas decisões de política monetária, em 2025, serão marcadas pela estreia de Gabriel Galípolo na presidência do Banco Central e a formação majoritária do Copom por indicados do governo atual, o que adiciona atenção ao compromisso do BC com a meta de inflação.

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