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Atividade industrial cai pelo 3º mês seguido em junho

Índice de Gerentes de Compras caiu a taxa de 48,7 pontos, abaixo da marca de 50, que separa crescimento de contração

1 jul 2014 - 12h45
(atualizado às 12h45)
Um funcionário monta um carro da Ford em uma linha de montagem da fábrica da companhia em São Bernardo do Campo. Com destaque para o setor de bens de capital, a produção industrial brasileira iniciou o ano em recuperação ao avançar 2,9 por cento em janeiro sobre o mês anterior, resultado melhor do que o esperado mas ainda insuficiente para reverter a contração vista em dezembro. 13/08/2013
Um funcionário monta um carro da Ford em uma linha de montagem da fábrica da companhia em São Bernardo do Campo. Com destaque para o setor de bens de capital, a produção industrial brasileira iniciou o ano em recuperação ao avançar 2,9 por cento em janeiro sobre o mês anterior, resultado melhor do que o esperado mas ainda insuficiente para reverter a contração vista em dezembro. 13/08/2013
Foto: Nacho Doce / Reuters

A atividade industrial brasileira registrou contração pelo terceiro mês seguido em junho, com as condições de negócios se deteriorando e a produção tendo a maior queda em 33 meses, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta terça-feira.

O PMI da indústria brasileira do Markit caiu a 48,7 pontos em junho ante 48,8 pontos em maio, terceiro mês seguido abaixo da marca de 50 pontosque separa crescimento de contração e o pior resultado desde julho do ano passado.

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A categoria de bens de investimento mais uma vez foi a que registrou o pior desempenho entre os três subsetores monitorados. O subíndice de produção foi o que registrou o pior desempenho em junho ao recuar para 46,1 pontos, ante 47,6 pontos no mês anterior, chegando ao nível mais baixo desde setembro de 2011, quando foi de 44 pontos.

Todos os três subsetores tiveram produção menor, com contração mais forte entre os produtores de bens intermediários. Segundo o Markit, esse resultado refletiu "um enfraquecimento persistente na demanda interna", com a terceira redução seguida no volume de pedidos recebidos.

"Os entrevistados da pesquisa relataram uma demanda interna mais fraca, que vincularam parcialmente à Copa do Mundo", destacou o Markit. Assim, também pela terceira vez consecutiva, a indústria brasileira reduziu o nível de funcionários, para conter as despesas.

Em relação aos preços de insumos, pouco mais de 5% dos entrevistados relataram aumento, atribuindo o movimento à taxa câmbio entre o dólar e o real. Os produtores informaram que houve repasse dos custos aos clientes, porém a taxa de inflação de preços cobrados foi modesta.

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O setor industrial brasileiro vem enfrentando perspectiva de contração da produção neste ano e de níveis muito baixos de confiança. A produção teve queda de 0,3% em abril e pesquisa Focus do Banco Central mostra que a expectativa de economistas é de recuo de 0,14% em 2014. Já o Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 3,9% em junho sobre o final de maio, na sexta queda consecutiva.

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