A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) informou que o nível de atividade do setor no fim do terceiro trimestre de 2022 já é 12,5% maior do que o registrado antes da chegada da pandemia, no quarto trimestre de 2019.
Com o resultado, o nível de atividades da construção voltou para o que havia registrado no início de 2016, segundo levantamento da CBIC com base em um índice de volume (com ajuste sazonal) do PIB da construção e do PIB nacional.
A economia nacional, por sua vez, está 3% acima do nível pré-pandemia (quarto trimestre de 2019) e atingiu o segundo patamar mais alto da série.
Apesar da evolução no desempenho, a CBIC ponderou que o setor permanece 23,7% abaixo do seu pico de atividades, registrado no início de 2014. "Isso mostra que, apesar da alta, a construção ainda precisa avançar muito para recuperar o seu ritmo de atividades", enfatizou a CBIC.
Juros
A elevada taxa de juros passou a ser o principal problema da construção no terceiro trimestre de 2022, conforme sondagem com empresários realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com o apoio da CBIC. A taxa básica de juros (Selic) aumentou 11,75 pontos porcentuais desde março de 2021, passando de 2% para os atuais 13,75%.
Em segundo lugar, os empresários apontaram como entrave a elevada carga tributária. O custo da matéria-prima é a terceira preocupação do setor. Esse item, a propósito, chegou a ser a primeira reclamação dos empresários por oito trimestres seguidos.
A despeito dessas preocupações, os empresários permanecem confiantes no setor. Há três meses consecutivos, o Indicador de Confiança da Construção Civil - também levantado por CNI e CBIC - se mantém no patamar de 60%. A escala acima de 50% indica confiança das partes, enquanto abaixo de 50% indica mais preocupação.