O relatório divulgado pelo Observatório Nacional da Família, em 2021, revela que cerca de 70% dos idosos que vivem no Brasil possuem uma renda pessoal mensal de até 2 salários mínimos. Precisando lidar, mais frequentemente, com tratamentos de saúde, medicamentos e cuidados especiais, essa faixa etária é também a que mais sofre com a inflação e a que está mais exposta à pobreza, tendo em vista que cerca de 25% da população que vive em situação de rua no Brasil possui mais de 60 anos.
O levantamento revela ainda que cada vez mais os idosos têm se tornado a pessoa de referência da família, ou seja, o responsável por despesas com habitação, como aluguel e condomínio.
Conforme aponta o Observatório, o percentual de pessoas com mais de 60 anos que são referências em seus ciclos familiares cresceu mais de 50% entre os anos de 2001 e 2015, o que faz com que este segmento esteja progressivamente em busca de cartas de crédito que os possibilitem aliar os cuidados com sua saúde à garantia de um teto para seus entes queridos, além dos demais gastos com alimentação, transporte, água, luz etc.
Cartas de crédito voltadas para aposentados
Como resposta a essa demanda, diversos bancos têm oferecido cartas de crédito especializadas neste segmento, tomando como garantia consignados com instituições como o Instituto Nacional do Seguro Social — INSS. Ao contratar o crédito consignado INSS, aposentados e pensionistas se deparam com, ao menos, 35 opções presentes no mercado e que oferecem empréstimos cujas parcelas são descontadas diretamente sobre as folhas de pagamento mensais.
Esse tipo de carta possui um juro de, no mínimo, 6,7% acima da Selic — que atualmente está em 13,75% ao ano — e fica em, no mínimo, 2% ao mês.
Além do crédito consignado INSS, muitos têm recorrido a outras opções cujo encargo é pré-fixado, como o crédito pessoal consignado público — cujos juros podem chegar a ser 60% superiores à Taxa Básica — e o consignado privado — que também ultrapassa a Taxa em mais de 60% ao ano.
Em meio a essa busca, empréstimos pessoais também têm sido contratados com frequência. Nesta seara, no entanto, os juros podem chegar a 1.166,20% ao ano, valor que supera a Taxa Básica em cerca de 900% ao ano.
Alternativas de crédito com juros menores
Contraditoriamente, aqueles que integram o segmento 60+ estão entre os maiores credores do Estado brasileiro, devido ao fato de que os aposentados são uma grande parcela dos donos de títulos de dívidas públicas, conhecidos como precatórios.
Os chamados precatórios são títulos que correspondem a mais de 60 salários mínimos adquiridos por meio do ganho de causas judiciais indenizatórias, movidas por pessoas físicas contra órgãos de diferentes esferas de poder governamental, e que podem levar mais de 36 meses para chegar às mãos dos solicitantes.
Atento a este cenário, o Matri Bank, primeiro banco de precatórios do Brasil, criou uma solução de crédito consignado com base nesses títulos públicos que demoram a ser pagos, de modo a oferecer uma alternativa para que milhares de aposentados possam “sair do aperto”, conforme destaca o CEO da instituição, Gustavo Messias.
Intitulado como MatriCred, a solução permite que os donos de precatórios da União, do estado de São Paulo e dos municípios paulistas, possam utilizar seus títulos como garantia para a contratação imediata de valores, contando com os menores juros do mercado (1,4% ao mês para o cliente final), a ausência de parcelamento mensal e desobrigação de que os solicitantes passem por uma análise de crédito ou comprovação de renda para receber as quantias – inclusive para negativados.
Além do crédito, o Matri Bank também disponibiliza para sua base de clientes o MatriNow, serviço de antecipação que permite aos credores receberem até 72% do valor total do precatório em menos de 3 dias após a contratação.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.