A companhia aérea colombiana Avianca disse nesta terça-feira que pediu aprovação de um tribunal para um plano de financiamento de recuperação judicial de 2 bilhões de dólares que inclui um empréstimo conversível de 700 milhões de dólares.
Segunda maior companhia aérea da América Latina, a Avianca Holdings pediu recuperação judicial em maio, após anos de dificuldades financeiras agravadas pela pandemia de coronavírus.
Em documento judicial, a empresa reconheceu que teve dificuldade em obter credores interessados em financiar sua reestruturação.
O empréstimo conversível, no entanto, pode enfrentar dificuldades para ser aprovado. A rival Latam Airlines, que também está em processo de recuperação judicial, teve seu plano de financiamento rejeitado no início do mês porque a parcela conversível foi considerada muito benéfica para os atuais acionistas.
O plano de financiamento da Avianca inclui 1,2 bilhão de dólares em dinheiro novo, dos quais cerca de 25% devem vir do governo da Colômbia, onde a Avianca mantém sua maior base de operações. O restante do empréstimo será de uma dívida pré-existente que foi reestruturada.
O empréstimo conversível inclui a participação da United Airlines, embora a empresa norte-americana afirme que não está dando mais dinheiro, só refinanciando dívidas antigas.
A United tem um relacionamento comercial próximo com a Avianca, embora os planos de lançar um acordo comercial conjunto para rotas entre a América Latina e os Estados Unidos ainda não tenham decolado.
A maior parte do empréstimo terá taxa de juros de 10,5%, além da taxa Libor atual, se pago em dinheiro, enquanto o empréstimo conversível que inclui o financiamento da United terá uma taxa de juros de 14,5%, se pago em dinheiro.