A Azul (AZUL4) seguiu o rali da véspera nesta terça-feira (17), figurando como a maior alta do Ibovespa, com valorização de 13,8% no pregão.
A alta das ações da Azul nesta terça (17) é pelo mesmo motivo do pregão anterior, dado que no domingo (15) a companhia confirmou que está discutindo com arrendadores de aviões para uma potencial troca de dívida por participação societária na empresa.
Se a empresa der ações no lugar de pagar a dívida, conseguiria sanar um impasse do seu passivo financeiro.
Com isso, afastaria um caminho de emissão de novas ações ou até mesmo uma recuperação judicial nos Estados Unidos - procedimento conhecido como Chapter 11, o qual a GOL (GOLL4) está no momento atual.
Atualmente a dívida da Azul com arrendadores é na casa dos US$ 600 milhões.
"Tais negociações não excluem ou limitam outras discussões e modelos para otimização da estrutura de capital da Azul", disse a companhia aérea em fato relevante.
Analistas do Bradesco BBI destacam que a Azul deve chegar a um acordo até o fim de setembro - que é o prazo final par a empresa converter a primeira parcela do passivo em capital próprio.
Atualmente a casa tem recomendação de compra para AZUL4, com preço-alvo de R$ 20.
Entenda o que causou queda das ações da Azul
As altas dessa semana das ações da Azul recuperam perdas expressivas das últimas semanas.
Além dos problemas macroeconômicos que afetam a companhia - e o aumento da alavancagem visto no último trimestre - um rumor derrubou os papéis.
Fontes anônimas a par do tema comentaram à Bloomberg que a companhia estaria estudando pedir recuperação judicial - o que causou uma retração de mais de 20% nos papéis em um só pregão.
Nesse cenário, a Azul ainda fica no vermelho em 2024, com queda acumulada de 57% desde o início do ano.