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Azul vai suspender voos em 12 cidades brasileiras a partir de março

24 jan 2025 - 17h24

A Azul informou nesta sexta-feira que suspenderá operações em 12 cidades brasileiras a partir de 10 de março, mencionando um aumento nos custos operacionais, além de questões de disponibilidade de frota e ajustes de oferta e demanda. 

As suspensões envolvem as cidades: Campos e Cabo Frio (RJ), Correia Pinto (SC), Crateús, São Benedito, Sobral e Iguatú (CE), Mossoró (RN), São Raimundo Nonato e Parnaíba (PI), Rio Verde (GO) e Barreirinha (MA).

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A Azul disse em nota à imprensa que "está sempre avaliando as possibilidades e necessidades de mercado e, consequentemente, mudanças fazem parte do planejamento operacional". 

A Azul também informou que os voos para Fernando de Noronha (PE) serão realizados somente pelo aeroporto de Recife a partir de 3 de março; enquanto, a partir de 10 de março, os voos saindo de Juazeiro do Norte (CE) passarão a ter como destino o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), principal hub da Azul.

"Da mesma forma, as operações no aeroporto de Caruaru (PE) serão readequadas, devido à baixa ocupação. Os voos passarão a ser operados por aeronaves Cessna Grand Caravan, com capacidade para 9 clientes", acrescentou a companhia aérea no comunicado.

Em entrevista à Reuters nesta semana, o presidente-executivo da Azul, John Rodgerson, negou que a empresa esteja "enxugando" sua malha e disse que a empresa cancelou "algumas rotas em algumas cidades" dado o dólar alto, afirmando ser algo "normal".

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As alterações na malha ocorrem em um momento em que a Azul negocia com a holding controladora da rival Gol uma potencial união de operações, um negócio que se levado adiante vai gerar uma companhia com cerca de 60% do mercado de voos doméstico, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Especialistas do setor afirmam que uma fusão entre as empresas seria um "mal necessário", já que, no caso de a operação não acontecer, Azul e Gol, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos, teriam que procurar novas alternativas para garantirem a sustentabilidade de suas operações.

A Azul, única empresa do setor aéreo em operação no Brasil que até agora não recorreu a um processo de recuperação judicial, chegou no ano passado a um acordo com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos para liquidar cerca de 3 bilhões de reais em dívidas em troca de participação acionária.

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